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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

DE CARRO POR AÍ.
Por Roberto Nasser*

MELHOR VISUAL, MAIS CONTEÚDO, O HONDA HR-V 2019.


HR-V, convívio com o WR-V melhorou-o.

Honda estava em confortável posição em volume de vendas e lucros quando dedicou-se a criar mudanças e caracterizar a modelia 2019 para seu modelo HR-V. O produto é muito lucrativo e é o mais vendido da Honda, o que por si só responde à primeira questão para traçar as mudanças: o cliente está gostando?  Resposta positiva, minimizar intervenções.

A iniciativa da Honda foi interpretar as pesquisas sobre o produto, e o resultado é uma separação de versões por itens de decoração e confortos. Mecanicamente manteve-o com o pacote de boa formulação, equipamentos e acessórios, deixando para a versão de topo, a EXL a maior reunião de itens – e o maior aumento de preços relativamente à versão intermediária, a EX:  custa R$ 9.800 a mais. Na ponta da caneta preenchendo o cheque, valor não negociado, R$ 108.500.

Há mudanças externas para marcar a nova safra, coisas incorporadas, sem custos maiores, como a grade visualmente mais impactante, o logotipo em posição mais horizontal, novos para choques, novos faróis – lâmpada em LEDs apenas para a função rodagem, e função projetor no farol baixo ampliando a iluminação. Mudou o para choques. Mecanicamente acabou a opção – por falta de demanda – da transmissão mecânica. Na modelia 2019 haverá apenas o câmbio CVT, de polias variáveis, simulando seis velocidades. Motorização 1,8 litro, 139 cv com gasálcool e 140 com álcool. A suspensão foi revista – a Honda pegou-a-mão quando desenvolveu localmente construiu a aplicada no WR-V. Registro importante, o WR-V foi desenvolvido no Brasil e o projeto será bisado em mercados de piso ruim. Rolar mais confortável, e aplicou mais ativo revestimento termo acústico.

Internamente alterou painel, bancos, e no caminho aparentemente irreversível doa automóveis em deixar pouco a pouco sua função para se transformar em SmartPhone com rodas, a versão de preço mais elevado implementou a conectividade com Apple CarPlay e Android Auto em tela de 17,5 cm operada como se fosse um IPod. Em suma atende finamente às demandas de sua clientela.

Ganz Superior, pai do Fusca, vai para Museu. 

Com informações de Daniel Strohl, in Hemmings Motor News

Ganz, pioneiro. Conceitos aproveitados no Fusca.

História explica, o primeiro carro do povo, o Volkswagen, não foi o modelo feito pela fábrica utilizando seu rótulo, em 21 milhões de unidades, e esteve em produção por décadas. Válidos informações e dados concretos, primazia é do Ganz Superior, de 1933, contendo todos os conceitos construtivos. Na prática o Fusca é apenas desenvolvimento posterior, dos sedimentos da base, defendidos, anos a fio por seu autor, o húngaro Joseph Ganz, formado engenheiro na Alemanha.

Tinha o conceito de carro barato não é carro comum simplificado, e começou a desenvolve-lo instigando construtores a tomar tal caminho, buscando motorizar a primeira faixa da população. Construção simples, motor de baixa cilindrada e peso, agregado ao câmbio e aplicados à traseira. O problema da inviabilidade de seu produto foi por conta de monumental panca politico-institucional, entre a ascensão de Hitler na Alemanha e o fato de Ganz ser judeu. A exigência do ditador austríaco gerindo a Alemanha em ter um carro popularesco teria encontrado a fórmula com o Standard Superior, mas o fato de ser judeu num governo pregando a superioridade (sic) da raça ariana, inviabilizou a adoção de marca e tipo. E abriu caminho à solução política: encontrar um não-judeu para projetá-lo, sendo eleito o professor Porsche, também austríaco. Deu no que deu. O carro do povo, por Porsche, enterrou a história de Ganz. Quem quiser saber mais, há livro em português, o nosso idioma secreto: A verdadeira história do Fusca. No universal ingles The Extraordinary Life of Josef Ganz: The Jewish EngineerBehind Hitler’s VolkswagenInfos também em JosephGanz.org.

Vaquinha
O carro de Ganz, produzido em pequena quantidade com protótipos construídos em Ardie & Adler. Após convenceu a fábrica de motos Superior a dar passo coerente com sua razão social, evoluindo para a produção de carros para o povo, iniciando produzir seu projeto. Projetando o futuro dos judeus durante o governo Hitler, Ganz mudou-se para a Suíça continuando restrita produção denominada Mark II. No total, entre 1933 e 1935, balizas da produção, projetados e máximos 400 Standard Superior foram produzidos e 5 conhecidos sobreviventes.

Holandês Paul Schilperoord entusiasmou-se com a história ao conhecê-la, junto com um Mark II no Lowman Museum, em seu país. Escreveu o livro acima citado, traduzido mundialmente, e acabou por encontrar o suíço Lorenz Schmid, sobrinho bisneto de Ganz. Juntos iniciaram levantar o parque remanescente da marca, contado numa das mãos: o protótipo construído para Adler; dois Superior MK II. Na antiga Alemanha Oriental encontraram um chassi deste modelo; um chassi rolante do MK I, completo, incluindo o trem de força original, porém vestido com carroceria mista de Trabant P50 – proposta da Auto Union para o mesmo público.

Compraram-no e montaram projeto de croudfunding, uma vaquinha para viabilizar a empreita e torná-lo à originalidade. Projetaram captar 45.000 Euros, mas conseguiram apenas 30.000E, tocaram adiante, dedicando um ano de esforços plenos. Nestes, instigaram a Mobero, empresa na Romenia, a topar o desafio: recuperar a mecânica, removendo atualizações, como o sistema de ignição; refazer carroceria e chassi, com vigas em madeira revestidas em couro…

Após apresentação irá para Louwan, pequeno museu na Holanda, para alinhar-se com dois outros exemplares.

Roda-a-Roda


Alfa – Autoridade alfista na FCA disse-me, continuam estudos para implantar a marca Alfa Romeo no Brasil. Não definiu prazo para iniciar operação, preocupante falta de horizonte. Hoje os Alfisti, os fãs da marca, já enxergam a juventude distantemente. Se demorar, próximos clientes perguntarão se Alfa é marca de celular …
Surpresa – Fechamento do mês no mercado argentino deve indicar surpresa, como a Toyota sendo a marca mais vendida. No global, mercado encolheu 38,6% relativamente a outubro de 2017. Apenas Toyota e Jeep cresceram 3,5% e 23%. Demais, VW, GM, VW e Peugeot caíram entre 47 e 50%.
Mercosul – Pelo percentual de entrelaçamento das atividades industriais com veículos no Brasil e na Argentina no âmbito do Mercosul, não dá para valentias fora de cenário como a bravateada pelo futuro czar da economia, Paulo Guedes.
Que tal? – Sem produto novo Fiat levará ao Salão Internacional do Automóvel, próxima semana, um conceito. Sugere ser pronta versão do picape Toro transformado em SUV, mas linhas e propósitos, escolha de materiais, como tintas especiais, devem permear para os próximos produtos a partir de 2020.
E? – Coisas do momento: quem não tem novidade em produto, caça com conceito…

Conceito Fiat baliza futuros produtos.

Petmóvel – Proprietários de veículos no mercado nacional de automóveis possuem 70 milhões de animais de estimação, liderados por cães e gatos. Nissan resolveu apresentar-se aos proprietários, e o faz por versão de seu crossover Kicks for Pets. Nele apresenta acessórios para facilitar o convívio entre o animal e seu meio ambiente, incluindo rampa de acesso.
Turbo – Primeira e última, Fiat voltará a utilizar motores turbo em sua linha. Foi pioneira com o Uno, anos após aplicou-o na versão T-Jet do Linea, e abandonou tai engenho fixando-se apenas nos aspirados. Voltará com 1,0 e 1,3 turbo, hoje opcionais para o Renegade na Itália.
Atrás – Apenas em 2020. Empresa investirá R$ 14B no Brasil e na Argentina, mercados rentáveis, para renovação de fábricas e produtos, dentre estes três novos SUV; um picape intermediário entre Strada e Toro. Jeep ampliará linha: um mini Jeep e outro, maior, com três fileiras de bancos e sete lugares.
Veiculação – Linhares, ES, continua com esforços para ter atividade ligada a veículos. Acaba de convencer a Randon, fábrica de implementos de transportes, a instalar centro de distribuição de peças. Assistirá os revendedores da marca no estado, Centro Oeste, Norte. Antes operação era centrava o Rio Grande do Sul.
Insistência – Cidade tenta há tempos sediar uma operação com veículos. A coreana Ssang-yong anunciou instalar-se em 2011 e quatro anos após, foi-se, em branco. Recentemente a D2D proclamou-se como futura fábrica de esportivos – uns buggies enfeitados – e alardeia, sem concretude, lá instalar-se.
Positivo – Mercado de caminhões saiu da morosidade, da quebra de vendas e ociosidade, e começa a reagir. Para aproveitar, VW Caminhões e Ônibus abrirá segundo turno parcial e contratará 350 colaboradores em Rezende, RJ.
Caminho – Para reduzir consumo, emissões, melhorar rendimento, fábrica de implementos de transporte construiu carreta para containers. Empregou aço de alta resistência Strenx, da sueca SSAB. Reduziu 10%, 600 kg no peso da carreta, e consumo de 80 litros de diesel a cada 10 mil km.
Pulo – Cartórios e Notários fazem força para empurrar projeto no Senado para multiplicar preços de serviços: reconhecimento de firma saltará de R$ 3,90 para R$ 33,03. Procuração para vender veículos, de R$ 38,35 para R$ 305,88.
Negócio está dividido. De um lado, eles, os Notários. Do outro, nós, os otários.
Fim de governo e legislatura, vale tudo. Escreva ao seu senador pedindo-lhe negar apoio.
Direção – Nova direção da Adefa, associação dos fabricantes de veículos na Argentina, cancelou o Salón del Automóvil marcado para junho. Alegação, custos e crise tendendo a piorar.
Falta de tato - O governo Macri não gostou da falta de parceria, mau indicador de pouca saúde econômica no país e, para reverter. Acena com outro espaço para quem quiser realizar e participar, o Tecnópolis.
Preço muito menor e sem comprometimento com organizador.
Todos – Decisão judicial tornará mais difícil a vida de museus, colecionadores, restauradores na Europa. Carros encostados, sem uso, devem ter seguro. Caso teve origem em Portugal. Proprietária idosa, doente, encostou seu gasto BMW em chácara rural. Filho resolveu usá-lo e em acidente, morreu e matou duas pessoas.
Reverso – O Fundo de Garantia Automóvel, o seguro obrigatório de Portugal, pagou as indenizações legais e processou neta e herdeira da proprietária, e esta alegou estar o carro fora de uso e de via pública.
Dura lex - Mas a Suprema Corte portuguesa entendeu que carros, quaisquer, representam risco inerente, decidindo que todos, até a baixa legal, devem ter seguro. A Corte de Justiça Europeia, padronizando a jurisprudência, acatou a decisão.
Gente – William Lee, ex-presidente da Hyundai na América Latina, promovido. OOOO Idêntica função na unidade norte-americana. OOOO Titular deixou o cargo sem avisar. OOOO João Ciacco, diretor da área de publicidade  na FCA, acúmulo. OOOO Presidente da Casa de Cultura Fiat, braço institucional da empresa, com marcante atividade em Belo Horizonte. OOOO Cargo deve ser cortado. OOOO

Modelo 2019 dá liderança tecnológica ao Jeep Compass


Compass, caso raro, líder desde sempre.

Fazer-se líder é difícil. Manter-se, muito mais. Ante tal verdade a Jeep aplicou-se a retocar o Compass, líder do setor e mais vendido da marca desde o seu surgimento há 12 meses. Foco foi agregar pequenas mudanças na distinta aparência, disponibilizando três novos tipos de rodas; novas cores; melhorar o conforto de uso com adição do recurso de estacionamento assistido, o Park Assist, e ampliar o índice de tecnologias semi autônomas. O Compass lidera neste tipo de conteúdo. Argumento final de convencimento a levá-lo para sua garagem, reduziu preços.

Mantém a estrutura mecânica, com opções de motor 2,0 Flex, 166 cv quando abastecido com etanol, câmbio automático de 6 velocidades, e 2,0 diesel, 170 cv, câmbio automático de 9 marchas e tração nas 4 rodas.

Deu trato geral em todas as versões. Sport Flex, de entrada, tem maçanetas e capas dos retrovisores na cor da carroceria, passando a utilizar rodas leves em aro de 17”. Nas seguintes, Longitude Flex e Diesel, tela colorida com 17,5 cm no quadro de instrumentos, retrovisores externos com rebatimento elétrico, e rodas em aro de 18”.

Ampliando o conforto de uso, nestas há o Park Assist semi autônomo sistema para estacionar; partida remota – permite ligar carro e ar condicionado para reduzir a temperatura da cabine -, rodas em aro 19”.

Lidera os rankings de vendas e o de agregação de tecnologia. Modelos 2019 contam com controle adaptativo de velocidade; alerta de colisão com frenagem automática; monitoramento de mudança de faixa com correção ativa, integrando pacote Hig Tech, bancos elétricos dianteiros acionados eletricamente, som Premium Beats e tampa traseira com abertura e fechamento elétricos nas versões Limited e Trailhawk. Sensível redução de preços: o pacote custava R$ 15.650, está sendo vendido a R$ 8.700.





* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 50 anos a coluna De Carro Por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.


sexta-feira, 26 de outubro de 2018

DE CARRO POR AÍ.
Por Roberto Nasser*

VERSÕES, IMPORTAÇÕES, E UM CHINÊS, PARTE DOS PLANOS DA FORD.


Ford Territory. Protótipo para pesquisa. Foto: Divulgação

Se você estiver no Salão Internacional do Automóvel – S.Paulo, 8 a 18.novembro, e for convidado a votar numa pesquisa no estande da Ford, exerça seu direito. Farei o mesmo. Se der resultado positivo, serão grandes as chances de a empresa no Brasil importar – ou construir o utilitário esportivo da foto acima, o Territory.

Olhando bem, não é um Ford, mas projeto de seu sócio chinês JMC – Jiangling Motors. Entretanto as linhas e proporções sugerem, para fazê-lo deram uma boa olhada no EcoSport II. O automóvel traz inequívoca certeza: quando a Ford nadava de braçada nos volumosos lucros deixados pelo Eco 1ª geração, deveria tê-lo crescido – pelo menos para o mercado brasileiro. O Eco II foi projetado para ser carro mundial e em mercado como o dos USA, onde Ford tem o Escape, um Eco maior em um palmo na distância entre eixos. Houvesse aumentado seu porte, venderia melhor no segmento.

É bem conformado, cuidado externa e internamente. À venda na China como JMC, mas o exemplar apresentado à imprensa brasileira numa prévia de sua presença no Salão, é protótipo da, digamos, Fordização. Porta os códigos de estilo, a composição entre grade e faróis frontais, e motor da marca, L3, tri cilíndrico 1,5 EcoBoost, a maneira besta da empresa chamar os turbos.

Se pesquisas e clínicas vitoriarem, Territory em versão final poderá estar no mercado sul americano. Importado ou instalado em algum espaço industrial, item sobrante na Ford, uma empresa em estado de dúvida.

Recém declarou encerrar a produção do Focus na Argentina, e tomará decisões sérias quanto à produção no Brasil: ou desmobilizando a fábrica em São Bernardo do Campo, SP, a remanescente e pioneira instalação industrial abrindo vocação e transformando o município, encerrando a produção do caminhão Cargo e movendo o Fiesta para a fábrica de Camaçari, Ba, agora com incentivos elevados até 2025.

Mais
Para dar uma espécie de Sossega, Madalena – frear dúvidas, botar ordem no mercado – quanto às dúvidas e o futuro de seus produtos, empresa repetiu a Chrysler ao seu surgir, em 1924. Produto revolucionário a exibir, o Salão de Nova Iorque negou-lhe espaço – ele ainda não tinha a marca. Daí, expôs no Commodore Hotel, onde se hospedavam os banqueiros financiadores da operação automobilística e o entorno do mercado. Viabilizou a companhia. No caso da Ford, a exposição pré Salão ocorreu no Palácio dos Tangarás, hotel da moda em S Paulo. Festa cara: serviço de recepção impecável, hotel da moda, jantar estrelado, exposição de informações e produtos. Afastou as nuvens negras quanto ao futuro do Ranger, garantindo duas novas versões, e atualização estética. Exibiu o Eco sem estepe – usa pneus Michelin capazes de andar vazios -, opção, como a Coluna contou aos 05.setembro.  E levou um Ka sedã chamado guerreiro urbano, urban warrior – onde estes fordistas tem a cabeça com estes nomes distantes? Características? Decoração e maior altura do solo. Terá, igualmente, outro utilitário esportivo,  o Edge ST, agradável canadense preferido por senhoras, de má lembrança por sua usuária mais famosa, a cassada e não eleita Dilma Roussef. Preço será definido a partir do interesse aferido no Salão Exibiu seu comportamento: não investir, daí importar, combinar produtos com a Volkswagen e a indiana Mahindra, criar versões. Carro novo, como disse o presidente Lylle Watters, somente se der lucro. Assim, podendo, vote. O Territory será um refresco para fãs e revendedores da marca na América do Sul. Os sete centímetros mais em distância entre eixos de 2,73m, ante o Compass, rentável líder de mercado – palavras de música para a Ford, podem torna-lo bem aceito.

Arrizo 5, um novo chilista


Arrizo 5, chinês paulista

Caoa Chery, sociedade braso-chinesa para construir veículos em Jacareí, SP, apresentou próximo produto, o Arrizo 5. Já havia sido mostrado pela Chery, quando sob comando chinês. Constantemente adiado e inviabilizado pelas rusgas com o sindicato local dos metalúrgicos, entrará em fabricação aparentemente depois de um cachimbo da paz e/ou argumentos sensibilizantes.

Algumas características importantes, como o motor L4, 1,5 turbo, flex, 150 cv, câmbio CVT simulando 7 velocidades e, imponentes 2,65m como distância entre eixos – mesma do VW Virtus – medida de bom espaço interno. Contra o produto, a ser vendido pós Salão do Automóvel, em novembro, torque de 19,5 mkgf, inferior ao oferecido por outro famoso turbo, o TS1,4 TSI da Volkswagen, com 24,5; porta malas restrito, não combinando com a morfologia de sedã. São reduzidos 430 litros de capacidade, igual ao do hatch Toyota Prius.
Quanto a preços, o chinês fabricado em terra paulista, está mais para os produtos locais, em versões RX e RTX, acreditando-se nesta, superior, sua etiqueta marque R$ 80 mil. Mais paulista que chinês.


Mais incentivos no Rota 2030


Quase no fim do prazo legal, a Medida Provisória 843/2018 foi aprovada pela Comissão Mista na Câmara dos Deputados. Dita regras para o setor automobilístico até 2030. É o multi citado Rota 2030.

Quase todo o combinado foi mantido, com exigências de investimento em tecnologia voltada a consumo e emissões, e a regra de abatimento de impostos sobre Imposto de Renda e Contribuição sobre Lucro Líquido. Industriais queriam escapar de tal enquadramento, pois dela só usufruem empresas  com lucros.

Maior novidade, entretanto, foi a extensão dos incentivos regionais até 31.dez.2025 – encerrar-se-iam em 2020. Proposta pelo deputado Armando Monteiro, ex-presidente da CNI, como prorrogação dos incentivos às empresas sediadas no Nordeste, acabou esticada até Goiás. Isto veste perfeitamente FCA, Ford, CAOA, Mitsubishi.
Polêmica
Matéria há que ser votada até 16.nov por Câmara e Senado para ter vigor a partir de 01.jan próximo ano, por um Congresso em fim de mandato. Há curiosidades no reinventar o prêmio já concedido para implantar indústrias em locais carentes de desenvolvimento – se os incentivos já cumpriram sua missão, para que dobrar seu vigor ? Outra questão é, como fica para os executivos de alguns fabricantes, condenados na Operação Zelotes, por contratar o filho do presidentário Lula como especialista, para obter as mesmas vantagens, agora concedidas com o manto parlamentar ? Curiosidade idêntica, inexplicável, foi a inclusão dos setores moveleiro, varejista de calçados e artigos de viagem na desoneração da folha de pagamentos; assegurou aos triciclos e quadriciclos igualdade de tratamento tributário igual ao ada motocicletas; e do Novo Refis incluindo todas as empresas brasileiras. Fim de governo é para alarmar contribuintes.


Gentileza nipônica


Há dias, como a Coluna noticiou a seus bem informados leitores, argentinos fabricantes de veículos filiados à Adefa, a associação de classe, romperam a regra de sucessão e, em vez de passar a presidência à Toyota, deram um crossover e deram-na à Volkswagen.

Surpresa geral pelo procedimento e pelo fato de a empresa japonesa não ter se manifestado. Mas cobrada por revendedores, consumidores, e crê-se, instigada pelo governo argentino, pronunciou-se a restritos públicos.

Toyota e seus colegas de turma discrepam em alguns pontos. Ano passado todas, com o escudo corporativo da entidade, foram ao governo pedir adiamento no uso do ESP, importante adjutório eletrônico para aumentar segurança de usuários, reduzir perdas e danos. Um auto estabilizador para veículos. Contra o bom senso, Governo dilatou o prazo, mas a Toyota contrariou o decidido e avisou oficialmente estar fora da prorrogação, incluindo-o em todos os seus produtos. E ao contrário dos outros fabricantes, apesar de ser a operação industrial mais nova na Argentina, amplia produção, turnos e postos de trabalho, mercados e volumes de exportação, além de não ir lamuriar-se das condições do mercado na Casa Rosada – a sede do governo argentino.

Sítio Autoblog recebeu o comunicado, aqui reproduzido. É peça de gentileza nipônica, e não se pode lê-la sem vir à mente a imagem de um Samurai tendo numa das mãos, o fute, pincel manejado com delicadeza para transformar escrita em arte da caligrafia, e na outra, a katana, a espada dos guerreiros, hábil ferramenta letal para defender gentes, verdades, o país. É uma aula de relações públicas, tranquilo e altaneiro como um porrete de ipê.

A nota
“Toyota tem uma filosofia de fazer negócios diferente da maioria das automotrizes na Argentina. Por esta razão entendemos que não somos os mais indicados para representar os interesses de sua maioria. Manteremos nosso foco em nossa estratégia de longo prazo, concentrada em: incremento da produção e regionalização de componentes; aumento das exportações e busca de novos mercados; criação de mais e melhores empregos de qualidade, oferecendo a melhor opção de produtos e serviços a nossos clientes e consumidores, gerando valor econômico, social e ambiental para o desenvolvimento sustentável do país ”.


Roda-a-Roda


Gás – Ford decidiu ampliar produção de seu modelo GT, superesportivo centrado em rendimento. Atividade quase artesanal, fará outras 1.350 unidades até 2022. Receberá pedidos a partir de 8 de novembro.
Mais – É a terceira leva do produto. A atual, de 1.000 GTs, iria até dezembro de 2020. Segundo empresa, a demanda surpreendeu, tendo sido seis vezes maior.
Símbolo – O GT, re recreation de modelo da companhia feito para acachapar a Ferrari nas provas de longa duração, surgiu na crise de 2008. Era aviso de vida em meio a período terrível. Agora, quando a empresa deixa de produzir automóveis, exceto Mustang, e planta dúvidas mundiais sobre sua saúde e futuro, extensão na produção do GT é institucional transfusão de sangue.
Atual – Modelo anterior utilizava motor V8, 5.0 com turbo compressor. Novo, os recentes EcoBoost V6, 3,5 litros, bi turbo, carroceria em fibra de carbono, e convincente velocidade final de 347 km/h. A fim? www.FordGT.
De volta – Versão Way do Uno, boa ferramenta de trabalho com maior altura do solo, volta a ser vendido. Dois motores da família FireFly: 1,0 e 1,3; portam o básico do respeito ao consumidor tropical, ar condicionado, direção elétrica com sistema City – deixa-o mais leve para manobras. R$ 47 mil e R$ 52.690.
Negócio – Como anunciado Coluna passada, FCA vendeu poderosa divisão de autopeças, a Magneti Marelli – no Brasil, dentre outras marcas, detinha a Cofap. 6,2B Euros. Comprador, o fundo norte-americano de investimentos KKR através da Calsonic Kansei, japonesa também gigante de peças.
Visão – A FCA parece estar aberta a negócios, depois de trocar o foco em veículos pelo gosto em faturar. Empresa nunca fez tantos lucros como agora, em especial no mercado dos USA. Lá, aliás, mês passado superou a Ford em vendas.
99? 101? – Ford prepara comemorar 100 anos no Brasil em 2019. Conta não fecha. Se considerar o início da montagem, serão 101 anos, começando na Bahia, em 1918 por particular autorizado. Se o marco inicial foi operação da companhia com funcionários sob seu controle, importação de partes e montagem, isto ocorreu em 1920. Aí serão 99.
Agora – A fim de automóvel O Km? É a hora para comprar, pouco antes da mudança de modelia – carros há com mudanças apenas sutis. Se importado, descontos podem ser maiores pois os veículos ora vendidos foram comprados com dólar em valor inferior ao ora praticados, e fabricantes querem se entesourar para novas encomendas.
Realidade - Do jornalista Emilio Camanzi, 70, discutindo as transformações de mercado, produto, relações de consumo com colegas igualmente classificados como pós-garotões: Carro autônomo? Não dirigirei isto. E aos companheiros pensando na desnecessidade de conduzir um veículo auto comandado, explicou: Não vamos nos encontrar …
Ocasião – A fim de um bom e original Landau? Comunhão Espírita de Brasília recebeu em doação e quer vende-lo para fazer fundo a suas atividades assistenciais. Placa Preta pelo Museu Nacional do Automóvel – inflexível no cumprimento da lei. Está nos classificados do Maxicar, sítio especializado em antigos, A fim? 
https://www.maxicar.com.br/classificados/landau-1982-p6083
Gente – Vinicius Romero, jornalista, carreira ascendente. OOOO Era segundo lugar na assessoria de imprensa da Anfavea, é novo Charlinhos. OOOO Aos do ramo indica seu novo CEP, no edifício da Audi, e a função de número um da área no organograma. OOOO Apelido se refere a Charles Marzanasco, assessor de imprensa da Audi desde o início de sua operação no país, tendo-a deixado ao início do ano. OOOO Na Audi Christian Marxten mantém-se gerente sênior na área. OOOO Recente fusão de marketing e comunicação em única diretoria trouxe mais velocidade e autonomia.






* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 50 anos a coluna De Carro Por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.


sexta-feira, 19 de outubro de 2018

DE CARRO POR AÍ.
Por Roberto Nasser*

PREÇO MENOR, NOVIDADE DO RENEGADE.


Revisto, melhorado, o Renegade 2019.

Quando anunciado, o Jeep Renegade cumpriu a aparentemente impossível promessa de assumir a liderança no segmento, até então com o incombatido EcoSport. Há dois anos tomou a taça, mas logo depois perdeu-a ao líder do segmento, o Compass, seu irmão de linha.

Para 2019, primeira alteração facial, de conteúdo em infodiversão e, no jargão da indústria, realinhamento dos preços, obtido por combinação de equipamentos.

Nova grade, mantendo as icônicas e registradas sete barras verticais apresentadas no primeiro Jeep, em 1942; para choques permitindo maior ângulo de entrada em obstáculos; faróis redesenhados e com lâmpadas em LEDs nas versões de topo; novo console; mais 47 litros de capacidade no porta malas pela adoção do estepe temporário; todas as versões com rodas em liga leve, e a novidade de serem aro de 19”na versão Limited.

Em Infodiversão, a maior tela multimídia da categoria, 21 cm, no sistema Uconnect, apto a gerenciar outras funções, como o ar condicionado remotamente por comando de voz.
Versões com tração simples e nas 4 rodas; motores 1.8 Flex e 2,0 Diesel, transmissões mecânica, automáticas de 6 e de 9 marchas.

Novidade é a redução de preço nas versões de entrada, para torná-lo mais competitivo no segmento de maior crescimento no mercado. Tabela abaixo demonstra.

Veículo
Preço
Desconto
1.8 Flex AT6 (exclusivo para PCD)
        R$ 69.999
-----------
Sport 1.8 Flex MT5
       R$ 78.490
R$ 7.000
Sport 1.8 Flex AT6
       R$ 83.990
R$ 8.000
Longitude 1.8 Flex AT6
R$ 96.990
------------
Limited 1.8 Flex AT6
       R$ 103.490
#
Longitude 2.0 Diesel AT9 4x4
       R$ 125.490
#
Trailhawk 2.0 Diesel AT9 4x4
       R$ 136.390
#


Italianos de corrida, os Best of the Show na Autoclasica


Moto MV Agusta e Ferrari 340/375 MM, Best of …

Automóveis com sobrenome; carros de corrida; reunião de marcas comemorando aniversário: Porsches e Land Rover 70 anos; Harley-Davidson 115; e Minis, Mercedes 300 SL. Fords Modelo A quase incontáveis – como se fora compensação dos Fordequeiros de lá, ausentes ao primeiro encontro Latino Americano de Fords A, realizado neste final de semana na falda da Cordilheira dos Antes, próxima à eno turística Mendoza.

Registra feitos não bisados no Brasil: reúne clubes; enorme variedade de patrocinadores; cobra ingressos, o equivalente a R$ 35 para olhar – abaixo de 12 e acima de 65 anos, grátis. Disse o Club de Automoviles Clasicos de Argentina, organizador, 48 mil pessoas passaram pela bilheteria.

Foi a 18a Autoclásica, maior exposição antigomobilista da América Latina, no Hipódromo de Santo Isidro, beiradas de Buenos Aires, em período aberto no Dia de Colombo – o Cristóvão -, 12 de outubro, sexta, e o 15 do mesmo mês, Dia da Hispanidad. Ausente a chuva, penetra nem sempre benvinda, dias radiosos de temperatura amena, ficou claro, a barreira para deter o crescimento ascensional ao evento, estava fora do controle de São Pedro, e atende pelo humano desencontro entre a realidade econômica de um país de governos assistencialistas e populistas, e a necessidade de controlar as contas. O clima de insatisfação, a inflação, o desemprego, foram os principais inimigos da Autoclasica, menor em área, em expositores de veículos e de automobilia em sua formidável feira de peças e que-tais, pomposamente chamada de Auto-Jumble.

Clientes interessados na miríade – enorme variedade – de peças, partes, literatura, ouviam explicação aritmeticamente convincente quanto a preços elevados: valor da locação dos espaços cresceu 70% em relação ao ano anterior.

Questão
Organizadores indicaram presença de mais de 1.000 veículos históricos e clássicos, conta generosa ante muitos espaços vazios. Premiação principal, Best of Show, atribuída a dois veículos com passado de competição. De maior atração visual, mítico Ferrari 340/375, de 1953, com o carimbo de MM, construída especialmente para a Mille Miglia, a famosa corrida italiana, com participação de dois bruxos da época: Aurelio Lampredi, projetista do motor V12 4,5 litros; e Pininfarina autor da carroceria. Outro relevo foi moto MV Agusta, também italiana, 500 Four, 1957, campeã mundial ao ano sob o comando do inglês – depois piloto de Fórmula 1 e construtor – John Surtees, restaurada por ele nos anos 90.

Atrações paralelas, exposição de carros vencedores no Best of Show Autoclasica 20 anos, e uma ilha denominada Lendas Mundiais, com os melhores automóveis e motos antigos do país. Meia dúzia de brasileiros expondo. Não era delegação convidada ou exemplo de integração, mas apenas esforçados inscritos mostrando seus carros em local inexpressivo. Erram organizações argentina e brasileira, não fomentando sinergias.

Há alguma semelhança com alguns eventos antigomobilísticos no Brasil, nos quais se projetam os veículos vencedores. Na Autoclasica está havendo alternância entre os dois maiores colecionadores. Os Peres-Companq e sua aura de mais saudável do país, donos do Ferrari, e a família Sielecki, importante no ramo, premiada em Pebble Beach, onde nenhum colecionador brasileiro expôs ... vencedora ano passado.

Um golpe na Adefa, a Anfavea argentina?


Argentinos observadores da indústria automobilística de seu país atribuem a mudança de presidência da Adefa, a entidade agregadora dos fabricantes de veículos, ao que denominam Golpe de Palácio. Uma rasteira.

Lá, como cá, há protocolo institucionalizado para gerir a alternância no cargo. Usam critério simples: ordem alfabética pela inicial das marcas. Na prática, ao encerrar-se a gestão do presidente representando a Renault, pela sequência seria a vez da Scania, mas como esta não mais produz veículos, apenas partes, a ungida seria a Toyota. Mas a empresa foi sobre passada e a presidência caiu no colo de Hernán Vázquez, novo presidente da Volkswagen. 

Explicação simplória: Toyota não estava no encontro para a eleição, e aparentemente os demais se esqueceram da ordem sucessória.

Dentre os acompanhadores do movimento há quem entenda ter havido uma cisão entre os interesses dos associados e a Toyota, causados por fatores vários, mas o fisicamente sensível foi o lobby junto ao governo para adiar o início da obrigatoriedade de os veículos novos portarem o ESP, o controle de estabilidade. A atividade considerou-se vitoriosa com o postergar, e surpreendeu-se quando a Toyota avisou iria equipar todos os seus veículos com tal adjutório – auxílio. Há outras diferenças: a Toyota é a única marca em crescimento no mercado, expandindo produção, vendas internas e exportações, contratando pessoal, destoando inteiramente do restante da indústria e suas lamúrias ao governo.

Um conto de dois títulos


Eric Curran e Felipe Nasr (d) uma corrida, duas vitórias.

"Foi a melhor das corridas, foi a pior das corridas, foi a corrida da sabedoria, foi a corrida da insensatez, foi a corrida da crença, foi a corrida da incredulidade, foram dois Campeonatos brilhantes! " Cito Charles Dickens na sua abertura do "Um conto de duas cidades" para descrever este fantástico Campeonato de 2018 da IMSA e da TPNAECPD (Tequila Patron North America Endurance Cup Prototype Drivers) conquistado por Felipe Nasr e Eric Curran no AXR # 31 Whelen Cadillac no final da 10 horas de Road Atlanta, a Petit Le Mans! 

Eles começaram na 9ª posição, mas estavam dominando e liderando a corrida na marca das 4 horas. E continuaram fazendo um trabalho muito bom, na marca de 8 horas conquistando o Campeonato Tequile Patrón. Um na caçapa! Manter-se à frente de seu principal (e único) carro rival  o #54 CORE era parte do plano e eles o seguiam passo a passo. Uau! De repente, os corações bateram em falso quando Felipe Nasr no rádio, a menos de uma hora do fim veio com o terrível "Estamos perdendo potência, difícil de ultrapassar até mesmo os carros da GTLM"

Então veio o pedido decisivo do box para Nasr economizar combustível nos últimos 48 minutos de prova. Decisão de sangue frio de todos na AXR, na esperança de economizar combustível suficiente e fazer um pit stop a menos que o rival que estava fugindo com o campeonato. A decisão aparentemente arriscada foi conduzida com perfeição e no final o # 31 conquistou o seu segundo título no mesmo dia! A perda de potência que quase arruinou os planos até então perfeitos? Pedaços, pedaços grandes de borracha que teimosamente estavam bloqueando a entrada de ar do motor que fica em cima do carro!!

Que corrida, que conto, que resultado, para ser falado e comemorado até o início de 2019 e muito mais. Parabéns Felipe Nasr, dois títulos para o Brasil de uma cajadada só! ( Luiz Mauro – Lua)

Roda-a-Roda


De verdade – Para mostrar capacidade e aplicabilidade de seus SUVs fora do exclusivo asfalto, cenário usual, Audi gravou 10 filmetes na Chapada dos Veadeiros, Go. Nele apresenta os Q3, Q5 e Q7. Quer ver? https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=349334185641498&id=205003079530951&ref=content_filter 
Já vi – Nova gestão da Adefa, a associação reunindo fabricantes argentinos de automóveis, começou maquiavelicamente, fazendo o mau de uma vez só: arranjou briga com a Toyota, hoje a referência argentina em indústria automobilística; cancelou o Salão do Automóvel, programado para junho 2019.
Razões – Sobre a mostra, mesmas alegações levantadas década antes: vendas em queda, dificuldades no negócio. Interessante observar, o Salón del Automóvil é organizado pela entidade, e em tempos de vendas em queda, investimentos em promoção são indispensáveis.

Troller 2019.

Prévia – Troller, a pequena fábrica Ford de jipes, exibiu novidades no produto para chama-lo de modelia 2019. Nela avultam cores novas, como bordô e cinza escuro metálicos, e central multi mídia JBL/Hartman, com tela de 16,5 cm.
Curiosidade – Razões fiscais levaram a grande empresa a interessar-se pela pequena operação. O produto tem carroceria em plástico reforçado com fibra de vidro, mas na linguagem pomposa da Ford é chamado de Compósito Especial... Apresentação e vendas ao Salão do Automóvel.
Fórmula – Baixo peso, elevado torque resumem as motos Yamaha MT – Master of Torque. Modelo 07 é bi cilíndrico, 689 cm3 de cilindrada, 4 válvulas, 74,8 cv e 6,9 mkgf de torque a 6.500 rpm. Conjunto oferece boas respostas, poucas trocas de marchas. R$ 33.790 + frete, financiamento incentivado. Importada do Japão.
 Vai – Quarto capítulo na novela das placas de licenciamento Mercosul. Associação dos fabricantes de placas em Santa Catarina, questionou e obteve liminar na Justiça Federal, ante o argumento de o Denatran, Departamento Nacional de Trânsito deveria indicar os fornecedores. Questionou, também, falta de entrosamento entre os Detrans estaduais.
Volta – União recorreu, mas Daniela Maranhão, Desembargadora Federal do TRF1, DF, manteve a suspensão, entendendo adicionalmente a responsabilidade do credenciamento dos fabricantes de placas, deve ser dos Detrans. E aduziu o entendimento de ser impensável adotar sistema deste porte sem implementar estrutura para consultas e troca de informações antes de iniciar substituir as placas. Matéria em suspenso. E vai demorar.
Negócio – Imprensa econômica internacional dá como certa venda da Magneti Marelli, centenária produtora de peças para automóveis, hoje pertencente à FCA. Decisão e início da negociação deu-se ao tempo de Sergio Marchionne, o CEO recentemente desaparecido.
E? – Interessada é a japonesa Calsonic Kansei, do ramo, tendo ofertado US$ 6,3B. Outros observadores acreditam na possibilidade de a FCA retirar alguns negócios do pacote, mantendo instalações e produção de alguns itens.  MM tem oito divisões de produtos, de injeção de combustível a para choques.
Aniversário – YPF, estatal argentina dos negócios com lubrificantes e combustíveis, festeja 20 anos de atuação no Brasil. Começou adquirindo a refinaria Peixoto de Castro, no RJ, mas saiu do negócio, comprando pequena fábrica paulista. A partir daí tem crescido muito. No primeiro semestre 24%.
Mais longe – Para ampliar negócios, em especial voos internacionais, Gol encomendou 135 aeronaves à Boeing, com entrega nos próximos 10 anos. Serão 105 737 MAX 8 e 30 737 MAX 10. Até o final do ano dez unidades estarão operando. Maior capacidade de passageiros, espaço interno, autonomia, menor consumo e emissões. Mas voo intercontinental com 737 é dose.
De volta – Bruno Covas, prefeito paulistano, formalizou Termo de Compromisso com a N/Duduch, promotora do evento 6 Horas de São Paulo. Garante a parte oficial por 6 anos. Fará parte das comemorações do aniversário da cidade.

Novo Jetta supera seu segmento


Novo Jetta, projeto equilibrado e feliz.

Mudando a plataforma para o sistema MQB, Volkswagen reformulou o Jetta, tornando-o maior em todas as dimensões e, especialmente na principal medida de conforto, a distância entre eixos, maior em 3,67 cm. As linhas de estilo são agradáveis, personalistas, aerodinâmicas com coeficiente de arrasto de apenas 0,29, permitindo ênfase nas grades janelas, harmonia com frisos cromados na grade e na parte traseira, e elegante arremate nos faróis com lâmpadas LEDs. Na sétima geração, a nova estrutura permitiu agregar melhoramentos diferenciativos, em especial os de interface com usuários: melhor habitabilidade; interior mais refinado e tecnológico, como a iluminação ambiente do habitáculo; materiais agradáveis ao toque; percepção de cuidado e qualidade.

Agradará aos clientes a possibilidade de uso da tecnologia aplicada ao painel virtual, sem instrumentos físicos, permitindo mudar configuração, diâmetro, posição, opção inexistente em veículos da categoria.

Conjunto mecânico liderado pelo motor 1,4 TSI, quatro cilindros, duplo comando, injeção direta de combustível e turbo, flex, 150 cv de potência e 250 Nm de torque. Transmissão automática de seis velocidades.

Traz apelo comercial ao oferecer as três primeiras revisões grátis, o plano de manutenção mais barato do segmento, e três anos de garantia.







* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 50 anos a coluna De Carro Por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.