ENFIM A RACIONALIDADE: FIM DO ESTEPE EXTERNO NO ECOSPORT.
Eco, sem estepe externo. Civilidade. |
Ford iniciou fazer os EcoSport sem o
estepe pendurado na porta traseira. Já o faz no exterior em sua pioneira função
de carro brasileiro produzido em vários outros lugares do mundo. Entretanto no
Brasil, pesquisas indicaram desejos dos consumidores em ter tal pedúnculo
atracado externamente na tampa posterior. Faz parte do formar a imagem
intangível do produto: quem o dirige se sente superior e disposto como se num
Land Rover, Hummer, etcccc.
Embutir o pneu de reserva dentro do
pequeno espaço para bagagens traz como resultado óbvio reduzi-lo ainda mais,
entretanto previsível ter a empresa adotado a solução praticada nos carros
produzidos fora das fronteiras: o pneu de pequenas dimensões, para socorro
temporário. Estepe pendurado na tampa traseira exige grande engenharia para
conviver com o peso e os golpes ao ultrapassar irregularidades no piso, além de
constituir-se em um problema de civilidade – é muito fácil ao motorista amassar
a frente do carro estacionado em sua traseira, e ir-se sem perceber – ou
percebendo...
Estará no Salão do Automóvel, S.
Paulo, novembro, e à venda ao início do ano. Crê-se pode ser tratado como
opcional até a racionalidade assumir.
Homeopatia para mostrar o VW T-Cross
VW T-Cross, apresentação em gotas. |
Talvez inspirada por outro alemão,
Samuel Hahnemann, criador da Homeopatia e suas doses pequenas e sequenciais,
Volkswagen tem comandado, desde a Alemanha, divulgação em fila de dados e
detalhes do T-Cross, um SUV do segmento B. Sentido amplo, um Tiguan menor.
Terá as medidas do sedã Virtus, a
plataforma MQB-A0, também base para o Polo.
Não é para apresentação a curto
prazo. Apesar de atração do estande da VW no Salão Internacional do Automóvel
em S Paulo, novembro, imagina-se, divulgar pequenos detalhes consiga levantar o
interesse dos consumidores, em especial porque, no Brasil, há uma dezena de
concorrentes. VW diz, vendas em fevereiro.
Dado interessante, afirmativa do
material de divulgação informando tratar-se de SUV global, não o será. A versão
para a América Latina – a ser alimentada desde a produção em São José dos
Pinhais, Pr. – difere da européia. Peculiaridades de mercado, a versão Mercosul
terá 4,19 m de comprimento, e distância entre eixos igualmente maior. Na
Europa, a do Polo, 2,56m. Mercosul, a do Virtus, 2,65m – quase 10 cm nesta
dimensão será sólido argumento de conforto, importante entre tantos
concorrentes, superando Citroën Cactus, 2,60m; Jeep Renegade, 2,57m; Chevrolet
Tracker, 2,55m; Ford EcoSport, 2,52m.
Alterações indicam, pela segunda vez,
preocupação da marca no adequar-se às características do mercado nacional e às
similaridades dos vizinhos. up! nacional, mais comprido, com mais espaço para
malas e tanque maior é primeiro exemplo.
Renault cede com successor do Lada Niva
Renault mostrou, na Russia, o
sucessor do Lada Niva. Chama-o Vision 4x4, esperando percepção aos clientes
sobre o nome indicando o futuro, uma visão sobre o mítico 4x4.
Em produção desde 1977, é dos
projetos mais longevos, mítico por suas habilidades e resistência. Bela
solução, um Fiat 127 (pai dos nosso 147), com mecânica de também Fiat 124, e
sistema de tração 4x4 criado na antiga URSS.
Com a guinada capitalista, hoje a
ex-estatal AUTOVaz, responsável pela motorização de Russia e seus satélites, já
foi da GM/Opel, e ora controlada pela Renault. Por tal razão o substituto do
Lada está muito mais para Duster, e a razão é simples: sua plataforma é a Dacia
BZero, empregada nesta marca romena e seus desdobramentos Logan, Duster, Oroch,
Captur brasileiro.
Tirar o mítico carrinho de produção
tem razões industriais: dar mais velocidade à linha de produção, abduzindo
produto criado há mais de quatro décadas, com processos antigos, hoje um
verdadeiro freio industrial. Decisão difícil tirá-lo de fabricação. Afinal
simboliiza mundialmente a criatividade russa; foi o precursor da moda mundial
do SUV pequeno – a Toyota aproveitou o conceito com o RAV-4, fazendo base de
mania mundial. Questão automobilística ou de marketing, o presidente da Russia,
multi media Vladimir Putin, tem unidade personalizada.
Novo Niva, tipo Duster russo. |
Museu e conserto
Roberto Nasser
Por incúria, irresponsabilidade,
filosofia ou ato criminoso, pegou fogo o Museu Nacional, mas antiga instituição
do ramo no país, em seus 200 anos. Prejuízo incalculável e de impossível
reposição. Gente festiva e inadequada, assim como o omisso prefeito carioca
prometeram reconstruí-lo. Pensam no continente, não no conteúdo – é uma
radiografia de seus cérebros. Tertúlia flácida para acalentar bovino. Os
primeiros sequer estarão no governo para as primeiras providências pós cuidados
e avaliação de resgate dos escombros. O último parece neto de japonês, é um
Nãosei.
Bravatas, promessas de apuração de
responsabilidades, pululam nas glotes das autoridades, mas no depurar da
situação, com grandes chances será a edição museal do incêndio da Boate Kiss –
ceifou centenas de jovens e não há culpados.
Promessas passam por liberação de verbas,
procura em arquivos de sugestões a respeito. Responsáveis (sic), como o reitor
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, indicado pelo PSOL, distribui culpas
e responsabilidades, quando poderia dar aula de ética e respeito à teórica
magnificiência de seu cargo, demitindo-se e à sua conivente diretoria, omissa
no respeito à história, à cultura e à imagem do país de incultos, desidiosos no
cuidar os tesouros da humanidade.
Mais positivo, e de ótima ocasião
seria um projeto de mudança completa na forma de olhar os museus nacionais.
Quantos estão fechados, e por que? Como induzir a manutenção dos existentes e o
surgimento de novos? Como fomentar sua administração? Em Brasília, particular,
sem verba pública, o Museu Nacional do Automóvel está lacrado há seis anos. Os
autores da ação já não estão no governo; a razão do pedido perdeu-se no tempo;
mas solução não há. Porque não começar pela sua reabertura? É rápida, fácil,
seu custos. Basta uma caneta honesta.
(Roberto Nasser tem parte do acervo;
paga as contas; e é o Curador do Museu Nacional do Automóvel).
Roda-a-Roda
JAC, lá – Na Argentina marca
chinesa será representada pela SOCMA, empresa de familiares de Maurício Macri,
o presidente. Família do ramo gere duas outras marcas chinesas.
Esforço – Na Citroën
engenheiros, analistas de custos, formuladores e palpiteiros em geral estão
reunidos em torno do recém-lançado Cactus. Objetivam, a partir da versão de
entrada, a R$ 68.990, trocar o câmbio mecânico pelo automático, manter direção
assistida, ar condicionado, vidros elétricos, equipamentos básicos de
segurança, incluindo o estabilizador ESP.
Problema – É colocar o
câmbio mais caro, e não deixar o preço passar de R$ 69.990. Teto de versão
destinada a Pessoas com Deficiência, a quem incentivo oficial reduz impostos
para veículos com custo até R$ 70 mil.
Minguando - Conceito é
honesto, mas o teto oficial não é corrigido, e assim pouco a pouco os veículos
elegíveis vão-se reduzindo.
Hermanos – Renault iniciou
fazer seus picapes Oroch com opção de tração nas 4 rodas – modos 2W; 4W e
4W+Reduzida. Inicialmente sem vendas domésticas, mas para a Argentina. Lá, para
concorrer com o Fiat Toro dotado desta opção. Na Argentina o Oroch vende acima
do Toro.
II – Cada mercado, um
comportamento. Na Argentina o Oroch é o quarto picape mais vendido, com o Toro
na sexta posição, apenas com a versão diesel, transmissão automática e 4x4.
Para aumentar sua posição, iniciará exportar com motor a gasolina, 1,8 litro,
caixa automática de 6 velocidades, menor preço.
Razão - Mercado
argentino está em forte descenso e preço menor é grande argumento às compras.
Registro – Enorme
desvalorização do peso, atingiu nesta semana cotação de US$ 1 = 40 pesos; RS$ 1
= 10 pesos.
Síntese – Se você
pensa ser a Volkswagen marca de automóveis, enganou-se. É um grupo, e sob sua
copa frondosa estão três marcas muito conhecidas de caminhões: Scania, MAN,
Volkswagen, e parcerias com Navistar – International -, Hino, japonesa,
sociedade com a Toyota, e chinesa Sinotruck.
Mudança – Com leque
tão amplo, a cobertura da marca, como Volkswagen Truck & Bus tornou-se
curta. Optaram pelo nome Traton, para cuidar do referente aos pesados.
Freio – Corrida
oficial para o Congresso apreciar e aprovar a Medida Provisória instituindo o
Programa Rota 2030, sofreu frenagem: Comissão Mista encarregada de analisá-la,
suspendeu reunião para conhecer e votar o relatório do Relator Alfredo Kaefer,
PP/Pr. Mandatoriamente MP deve ser aprovada neste ano para vigir em 2019.
Estabelece incentivos oficiais e contra partidas da indústria de veículos,
autopeças, revendedores.
Rolls da Presidência. Mito cercado de estórias erradas. Presente da Rainha Elizabeth II, por exemplo. |
Rolls – Símbolo do poder
presidencial, o raro e formidável Rolls-Royce Silver Wraith Formal Cabriolet,
de 1952, não deverá ser utilizado para conduzir o Presidente da República
durante a parada cívica do 7 de setembro.
Curriculum – Dos
registros a respeito do governo Temer, a encerrar-se no dia 2 de janeiro, constará
nunca ter desfilado no RR presidencial, carro semi exclusivo, de carroceria
personalizada, construção quase artesanal, excepcionalmente conservado.
História - Temer não teve
posse comum, posterior á eleição e, ano passado declinou do uso do automóvel para
evitar protestos, como os que mimaram a ex-Dilma Roussef. Para o dia 7 próximo,
sua última parada como Presidente, dispensou o majestático automóvel, um dos
símbolos do exercício do poder.
Gente – Fernão
Silveira, comunicólogo, ex Ford, novo Diretor de Relações Corporativa e
Sustentabilidade da FCA. OOOO Empresa mudou organograma,
transferindo a diretoria, antes acumulada com a de Publicidade, então a cargo
de João Ciacco. OOOO Ficará baseado em S Paulo. OOOO Jornalistas
especializados com cara de paisagem. OOOO Na empresa anterior
cuidava dos escrevedores não especializados, ditos influencers. OOOO
Segmento em expansão turbinada pelo fabricantes e montadoras. OOOO Stefan
Mecha, alemão, mudança. OOOO Cuidava de vendas VW no norte da
Alemanha e veio ao Brasil como Vice presidente de vendas e exportações SAM.
OOOO Acróstico quer dizer região sul americana, e sua missão será
manter o pujante esforço de vendas de VWs a países da América Latina. OOOO.
* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 50 anos a coluna De Carro Por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.
Leia> Coisas de Agora.
* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 50 anos a coluna De Carro Por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.