O bem bolado JAC T40
Bem moldado, boa aparência,
bom conteúdo, bem marcado por novidades, bem situado dentre concorrentes, preço
bem definido. É o bem bolado JAC T40. Referências positivas bem o descrevem a
partir da racionalidade.
Nasceu em 2011 como demanda
do empreendedor nacional Sérgio Habib instigando a matriz chinesa em criar
produto em seu centro de estilo na Itália. Seria, então, um hatch, solução ideal a mercado
consumidor de veículos de dois volumes. Porém tudo mudou. Tendência mundial
alterou linhas, com frente elevada, larga, para lembrar o Jeep e sua imbricada
noção de valentia, os SUV, SAV, crossover,
ou hatch dissimulado, perfil e
morfologia hoje responsável por 23% das vendas de veículos leves. Desenho
inicial foi retocado e iniciou ser vendido em 2015.
No Brasil a JAC planejou fábrica
na Bahia para produzir o primeiro modelo da marca trazido ao país, o J3
adequado ao gosto nacional: qualidade em partes interfaceando com o comprador –
palhetas do limpador de para brisas idênticas às dos Mercedes -, e conteúdo
rico. Na medida do bolso, pagando impostos de importação, e bem equipado,
custava o mesmo de carro nacional pelado.
Durou pouco. Por alguma
coincidência o Governo Federal mudou a legislação e, para incentivar negócio
hoje inviável – aos investidores e à sociedade - pelo nível de nacionalização
igual ao assinalado no governo Vargas, produzir Audis, Mercedes, BMW, Land
Rovers. E impôs aumento de IPI e cotas de importação. Consequência, o negócio
encolheu, fechou importadoras, concessionárias, empregos. O ministro da área à
época era Fernando Pimentel, queridinho de Dilma e PT, e hoje multi processado
governador de Minas Gerais.
De novo
Mercado retraído, o sócio
chinês foi-se, fábrica se inviabilizou. Mudou tudo, exceto o diferencial de
adequar produtos ao gosto nacional e vende-los importados, equipados, ao preço
de nacional simples. O T40 é assim.
Cenário atual, fábrica
postergada a prazo desconhecido; necessidade de recompor perdas, JAC Brasil
concentrará esforços no modelo, trazendo 300 unidades/mês. Ano próximo, finda a
barreira de importação super tarifada, volume aumentará em T40. Automóveis
deixarão de ser importados e exceções na linha serão um VUC, veículo urbano de
carga, e picape cabine dupla.
A partir da nova
regulamentação industrial, a Rota 2030, e dos resultados com o T40, será
definida a montagem no Brasil, em primeiro passo aproveitando ociosidade de
fábricas locais – HPE, de Mitsubishis e Chery, por exemplo.
Como é
Projeto bem ajustado,
formato SUV/SAV/Crossover, quer oferecer rolagem agradável, boa aparência e habitabilidade.
Consegue. As linhas são atrativas, o tratamento interno simpático aos olhos e
ao tato. Bancos frontais especialmente receptivos, painel bem distribuído,
comandos à mão. Os chineses aprendem, rapidamente, fazer automóveis.
Concorrentes do T40 são os
veículos próximos em preço e desenho, como o Hyundai HB20X, Honda WR-V, Renault
Sandero Stepway e Citroën Aircross.
Estilo desenvolvido na
Itália, medidas contidas: entre eixos 2,49m, 4,13m de comprimento, 1,56m de
altura e ampla largura de 1,75m, maior porta malas da categoria. Internamente,
piso plano na traseira para facilitar manuseio de carga; volante revestido em
couro, painel com instrumentos analógicos e pequeno mostrador digital indicando
consumo e odômetro. Pouco brilho dos números dificultou a leitura e, passando
por dificuldade, Sérgio Habib, presidente da JAC, chamou o engenheiro
responsável para correção imediata, via programação eletrônica.
Motorização por 4 cilindros
em linha, 1.500 cm3, duplo comando de válvulas com sistema de abertura
variável, 125/127 cv e 15,2/15,7 m.kgf de torque, gasálcool/álcool. Transmissão
de cinco marchas, mecânica, tração dianteira. Suspensão frontal Mc Pherson,
traseira por eixo torcional, direção com assistência elétrica, freios a disco
nas 4 rodas, expondo as pinças revestidas em vermelho para realçar o sistema.
Eletrônica
de segurança, travamento automático das portas, assistente de frenagem de
pânico (BAS); controle eletrônico de estabilidade (ESP), e tração (TCS);
auxiliar de partida em rampa (HSA); monitoramento da pressão dos pneus; sensor
de estacionamento; luzes diurnas em LEDs, sensor crepuscular; controlador de
velocidade; prendedores Isofix para cadeiras infantis; retrovisores elétricos; volante com comando de som; rodas de liga leve
aro 16”.
Preços
Valores
competitivos. Versão de pico R$ 58.990, completa, incluindo câmera de ré e,
exceção, frontal. Opcional, dois tons. Não há GPS. Diz Habib, o hábito nacional
de utilizar o aplicativo Wase no celular, fez desistir da tela com GPS. Até o
final do ano, versão sem as câmeras, a R$ 56.990. Ano próximo versão superior,
câmbio automático CVT, adicional por R$ 5.000,00.
JAC T40,
bem bolado
Importação
de carros velhos aguarda apoio
No Senado, aguardando assinaturas populares,
Sugestão Legislativa para se transformar em Projeto de Lei, busca autorizar
importação de automóveis com mais de 10 anos de uso. Justificativa simplória: permitir aos cidadãos a liberdade de
consumir bens de consumo de um mercado globalizado, gerando oportunidades de
renda, emprego e impostos no país.
Uma excrecência. Ou por ignorância ou má fé querem
abrir os portos para importar veículos descartados por falta de segurança. Não
serão vistosos, cintilantes, modernos, econômicos, seguros e pouco poluentes
Cadillacs, Lincolns, Mercedes, Porsches, Hondas, Toyotas, mas carros refugados
nas inspeções de segurança, comprados a preço de banana e importados para se
tornar em perigo rodante nas ruas e estradas brasileiras.
Sucata
Veículos no exterior, com mais de 10 anos de uso
são, em esmagadora maioria, reprovados nas inspeções de segurança veicular, e
os reparos para torná-los aptos e seguros tem custo superior à razoabilidade.
Nesta situação donos pagam a negociantes especializados para tirá-los de
circulação, enviando-os a países de terceiro mundo para, sem reparos, iniciar
um ciclo final. Destes, os que conseguirem andar, não terão manutenção
adequada, pois não se imagina compradores de tais refugos com saldo bancário
suficiente a comprar inexistentes ou caros reparos necessários a torná-los
aptos a circular com segurança. A justificativa da criação de renda, emprego e
impostos é irreal.
História
Ideia recorrente. Ao início dos anos ’90 um
deputado cearense fez proposta idêntica, assustando o Governo Federal. E logo
em seguida importadores chilenos apareceram no então Ministério da Indústria e
Comércio para conversar sobre o assunto. Sem ter a ideia acatada, indagaram
nome do advogado com maiores êxitos em propostas no Ministério. Chegaram a
profissional estabelecido em Brasília, apresentaram a ideia e capacidade
econômica para sustentar honorários à altura. Argumentaram com o fato de
importar de todo o mundo e vender para o norte do Chile, Paraguai, Bolívia e
Peru 70 mil unidades/ano. E aduziram a justeza da proposta pelo fato de a
Toyota fazer tal operação. Situação diversa: para não ver o mercado peruano, de
seu interesse, invadido por sucatas depondo contra sua marca e imagem, a marca
japonesa os importava, revisava, vendia e garantia.
Na Câmara o projeto foi rejeitado na Comissão de
Economia, e fora dela o advogado explicou não trabalhar contra o país. A seu
ver a enxurrada de usados desinteressaria investimentos externos para implantar
ou expandir linhas de produção. E dar empregos e recolher impostos internos
superava as vantagens de importadores. Poderia ser bom para meia dúzia, porém
ruim para milhões. A ideia se encerrou aí.
Fênix
Não se sabe a quem interessa a proposta rediviva.
Fato é, encher ruas e estradas com veículos barrados nas inspeções de segurança
de outros países, com manutenção desidiosa, em nada contribui com o desenvolvimento
do país, aumenta o recolhimento de impostos ou gera empregos locais. Até agora
tal Sugestão recolheu 25% das assinaturas para transformá-la em PL. No link uma
curiosidade: pode-se apenas assinar, sem espaço para contestar ou chamar os
autores à razão.
Quanto custa o Stelvio, suv Alfa
Aguardado, proclamado, saudado, Stelvio, suv
Alfa Romeo sobre a plataforma do Giulia, terá vendas em setembro. A não
atingida previsão de demanda pela sedã, fez a FCA cortar números em 10% ante
concorrentes Mercedes GLC e Audi Q4. Custa, na Inglaterra, 34.000 libras
esterlinas – uns R$ 140 mil.
Preço para versão de entrada, motor 2,0,
turbo, 197 cv, tração traseira, via transmissão automática com 8
velocidades. Intermediárias, diesel 197 cv e gasolina, topo de linha QV, V6,
2,9 litros, dois turbos, 503 cv, dito motor-de-Ferrari,
tração nas 4 rodas. Quatro versões de decoração com rodas de liga leve, tela em
22 cm, sistema de infodiversão, volante revestido em couro, e refinamentos de
segurança eletrônica: freio autônomo para emergências, alarme de troca de
faixa.
Quase topo a Speciale, motor de 276 cv, rodas
19”, pinças de freio em vermelho, faróis em xenon, estofamento em couro, bancos
frontais aquecidos.
Em estilo mantém identidade visual com o sedã
Giulia, a imponente grade triangular, os traços vigorosos no capô, em projeto
para aproximá-lo de um cupê e distanciá-lo de um jipe. No interior muito em
disposição e componentes Giulia.
Promessa é oferecer esportivo utilitário
imponente, performático, personalista. Não há expectativa do retorno da marca ao
Brasil.
Alfa
Stelvio. Distante
Roda-a-Roda
Novo Rolls – Marca de escol, Rolls-Royce pouco altera as linhas de seus produtos,
mas quando o faz é para valer, como agora. Tudo –
Novo Phantom 2018 mudou estética, chassis, agora em alumínio, apto a receber
motorizações a gasolina, elétrica ou híbrida. Servirá ao SUV Cullinan e a
nova geração de Ghosts, Wraiths e Dawn.
E? -
Motor básico, BMW, V12, 6,75 litros, dois turbos, 563 cv. Preços na Europa,
equivalentes a R$ 538.000 – lá, sem impostos.
Novo Rolls. Escol e tecnologia
Primeira? – Quieta, Aliança unindo Renault, Dacia, Nissan e Mitsubishi exibe números
e concreta possibilidade de assumir liderança mundial de vendas em 2017.
Números
– Vendas do grupo atingiram 5.268.079 unidades no primeiro semestre, somando
veículos diesel, flex e quase meio milhão de elétricos. No total cresceu 7%:
Renault e Dacia 10,4%; Nissan 5,6%.
Curiosidade - Mitsubishi 2,4%, mas registra recuperação de vendas dos modelos Kei –
até 660 cm3 de cilindrada -, cujos problemas levaram a companhia a ser assumida
pela Aliança.
Situação
– Volkswagen e Toyota disputam a liderança carro-a-carro.
Pelo ar – Na Europa Peugeot-Citroën-DS, sob o
guarda chuvas corporativo PSA iniciaram vender on line suas
marcas diretamente pela Internet. Tomaram como base resultados de iniciativa da
Citroën no Brasil.
Carona – Renault
implementou negócio aqui: Kwid, o queridinho, será vendido apenas pela
internet, ou diretamente ou acessável nos salões dos revendedores.
Menos e
mais – Enfrentando prejuízos sequencial, GM vendeu as
operações industriais na Inglaterra e Alemanha para a PSA, Peugeot-Citroën.
Marcas foram assumidas e tem 100 dias para apresentar um projeto de atuação.
Pra
Fora – Hyundai iniciou exportar SUV Creta ao Paraguai.
Cliente de caderno, foi destino dos primeiros HB20 exportados. De princípio 50
unidades mensais ao total de 260. 2016 Hyundai enviou 1.220 unidades a Paraguai
e Uruguai.
Pancada – Nova avaliação do
Latin NCAP, instituto testador de segurança em veículos, deu más notas ao Fiat
Mobi. Em cinco estrelas, atingiu apenas uma e, diz a entidade, é fraca a
proteção ao peito do adulto em impactos laterais.
Igual – Comparou o Mobi
aos resultados rasteiros exibidos pelo Chevrolet Onix, justificando danos pela
falta de bolsas laterais de ar e de cinto de três pontos para todos os
passageiros no banco traseiro.
Parlamento – Custando caro – mais de R$ 1
milhão/hora -, nosso Parlamento deveria ser casa de saber e equilíbrio propondo
medidas para melhorar país e condições a seus habitantes – eleitores de
Deputados e Senadores. Não ocorre.
Caminho – Veem o mandato como nomeação para um
cartório, ser quase tão poderoso quanto Donatário de Capitania quase
Hereditária – em muitos casos o são. Pouco se dão às demandas populares para
melhorar a administração do país, preferindo ampliar suas inexplicáveis
mordomias e facilidades para se eternizar no poder.
Veículos – Exemplos de falta de compromisso com
os eleitores existem em volume industrial. Mais recentes, volta do extintor de
incêndio; proibição do estepe ser roda de segurança – restringindo reduzir o
tamanho dos veículos.
Mais – PL na Câmara Comissão de Defesa do Consumidor proíbe
alteração em veículos até um ano após licenciados, tipo lei da regulagem do mercado,
como o faz outra proposta: exige cada marca manter modelo à venda por pelo
menos 10 anos...
Pode ? – Restringir a um ou dois o
secretariado de cada deputado – hoje são até 24! -, ou cortar despesas para
manter o mandato, não se propôs.
Evolução – Bomba MagiFlux 2.0, ferramenta para trocar líquidos por sistema
mecânico com válvula com esfera de vidro, tem nova versão. Uso prático, rápido,
seguro. Mais, http://www.magiflux.com.br.
Gente – Christopher Podgorski, Vice Presidente mundial de
vendas da Scania, localização. OOOO Novo presidente e CEO
da Scania no Brasil, segunda maior operação da marca no mundo. OOOO Primeiro brasileiro, apesar do nome. OOOO Marcelo Cosentino, jornalista, progressão. OOOO De auxiliar na comunicação da Renault, é o
número 1 da Cummins de motores diesel.
OOOO Maira Nascimento, jornalista, ex Ford, agora é ex-CAOA. OOOO Corte interno. OOOO João Ciaco, diretor da FCA, extensão: incorporou a área de
comunicação. OOOO Felipe Nicoliello, 60,
paisagista e presidente do Puma Clube, passou. OOOO Conhecedor generoso foi o grande pilar de preservação da marca e
originalidade dos Puma. OOOO
* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 42 anos a coluna De Carro por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.