segunda-feira, 18 de agosto de 2025

INDÚSTRIA DE DUAS RODAS DE MANAUS BATE RECORDE E REFORÇA LIDERANÇA GLOBAL

Setor registra faturamento recorde de R$ 23,3 bilhões no primeiro semestre, alta de 30,2% sobre 2024. Os dados e tendências foram apresentados no webinar “Diálogos Amazônicos”.

O PIM (Polo Industrial de Manaus) consolidou-se, mais uma vez, como potência global na fabricação de veículos de duas rodas. No primeiro semestre de 2025, o setor atingiu faturamento recorde de R$ 23,3 bilhões, um crescimento de 30,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do PEA (Painel da Economia Amazonense).

Com capacidade produtiva anual de 1,8 milhão de motocicletas e 500 mil bicicletas, o PIM mantém sua posição como o maior polo de produção de duas rodas fora do eixo asiático, abastecendo uma rede nacional com mais de 7,8 mil pontos de venda e concessionárias.

Esse forte desempenho também se traduz em geração de empregos: até julho, o setor empregava 20,3 mil trabalhadores diretos em Manaus, aumento de 8,56% sobre 2024 (18,7 mil). Em todo o Brasil, a cadeia produtiva sustenta cerca de 150 mil empregos diretos.

A produção de bicicletas elétricas desponta como um dos destaques de 2025. Segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), a fabricação registrou alta de 122% no ano, com 18,2 milhões de unidades até julho, frente a 9,2 milhões no mesmo período de 2024. Atualmente, o PIM fabrica 45 modelos diferentes de e-bikes, em sintonia com as tendências globais de mobilidade sustentável.

Para Lúcio Flávio de Moraes, presidente executivo do CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), os números comprovam a força e a relevância estratégica do setor: “O polo de Duas Rodas de Manaus é um exemplo claro de como o Brasil pode competir de igual para igual com os maiores centros industriais do mundo. Temos alta capacidade produtiva, tecnologia de ponta, processos sustentáveis e uma rede de fornecedores que garante qualidade e agilidade ao consumidor”, explica o executivo.

Qualidade, inovação e sustentabilidade com DNA brasileiro

A indústria brasileira de duas rodas é reconhecida por seus centros de produção certificados pela ISO 9001 e alinhados aos mais exigentes padrões internacionais. Altamente verticalizada, alia competitividade, inovação e responsabilidade ambiental, posicionando o Brasil como referência global em qualidade, segurança e confiabilidade.

A sustentabilidade é parte central dessa trajetória: 65% da produção nacional já utiliza motorização flexfuel, reforçando o compromisso com soluções mais limpas e eficientes. “Além do impacto econômico, nosso setor cumpre um papel estratégico na mobilidade urbana, na inclusão social e na preservação ambiental. Produzir na Amazônia é garantir desenvolvimento regional com a floresta em pé”, destaca Lúcio.

Fabricadas majoritariamente em Manaus, as motocicletas brasileiras incorporam tecnologia de ponta comparável aos principais mercados internacionais, com garantia média de dois a quatro anos e ampla rede de reposição, assegurando rapidez e eficiência no atendimento ao consumidor. O setor abriga os principais fabricantes mundiais, fortalecendo a posição do Brasil no cenário internacional.

Os dados e tendências foram apresentados no webinar “Diálogos Amazônicos”, moderado por Márcio Holland, coordenador da Pós-Graduação Master da FGV EESP. O evento contou ainda com a participação de Marcos Bento, presidente da Abraciclo e head de Vendas da Moto Honda da Amazônia, e Fernando Rocha, vice-presidente do segmento de bicicletas e diretor de Operações da Caloi.

CIEAMO Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) é uma entidade empresarial com personalidade jurídica, ligada ao setor industrial, que tem por objetivo atuar de maneira técnica e política em defesa de seus associados e dos princípios da economia baseada na Zona Franca de Manaus (ZFM).  Implementada pelo governo federal em 1967, com o objetivo de viabilizar uma base econômica no Amazonas e promover melhor integração produtiva e social entre todas as regiões do Brasil, a Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento regional bem-sucedido que devolve aos cofres públicos mais da metade da riqueza que produz. Atualmente, são 600 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). O estado do Amazonas tem 546 mil empregos, dos quais 130 mil são diretos do PIM e garantem a preservação de 97% da cobertura florestal do Amazonas. Encerrou 2024 com um faturamento de R$ 204 bilhões

CIEAM
Grupo Printer Comunicação

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