Com perspectiva de movimentar US$ 561 bilhões em 2022, segundo a consultoria MarketsandMarkets, a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) mudou a configuração da indústria de rastreamento veicular. A soma de dispositivos de baixo custo, o uso da internet para envio constante de dados e a análise massiva dessas informações em tempo real criaram um cenário de compreensão avançada sobre os equipamentos e pessoas monitoradas.
A mineira Maxtrack (maxtrack.com.br), maior fabricante de rastreadores da América Latina, com mais de 3 milhões de dispositivos comercializados, se adiantou a essa tendência. Junto à coligada Denox, especializada em plataformas de conectividade e análise de dados, a empresa começou a desenvolver dispositivos inteligentes acessíveis ainda em 2017. Ao invés de apenas acompanhar a localização do automóvel, esses produtos permitem coletar um escopo maior de informações sobre veículo, região trafegada e condutor.
Por meio da LoRa (sigla em inglês para Long Range), uma tecnologia que garante a conexão mesmo em áreas onde há falha nas redes de internet, os produtos enviam informações sobre os veículos rastreados. Ao submeter esses dados a análises de big data e inteligência artificial, é possível detectar automaticamente furtos, roubos, colisões e falhas mecânicas, assim como comparar em tempo real determinada anomalia com o histórico de comportamento de um carro ou usuário.
"Antes, esses eventos eram identificados de forma passiva, a partir de chamados dos envolvidos", diz Gustavo Travassos, CEO da Maxtrack. A capacidade expandida de análise também ajuda no planejamento logístico dos clientes da empresa, com impactos na gestão de frotas e maior controle sobre prazos de entrega.
De acordo com Travassos, a solução já é usada pelas maiores seguradoras e empresas de proteção veicular brasileiras. Ao todo, foram instalados e conectados 350 mil dispositivos IoT da Maxtrack desde 2018, e as encomendas para 2019 superam um milhão de unidades.
Impulsionado pelas tecnologias IoT, o faturamento do grupo MXT, do qual a Maxtrack é parte, subiu de R$ 55 milhões em 2017 para R$ 88 milhões no ano passado, um salto de 47%. "Enquanto no mundo ainda são raros os casos de resultados financeiros robustos gerados a partir da Internet das Coisas, nós temos evidências que o Brasil tem lições importantes a ensinar nessa área", afirma o CEO.
Líder no Brasil em rastreamento veicular. Fundada em 1999, a Maxtrack integra dados do motorista, veículo, região e histórico para oferecer aos clientes um panorama compreensivo do deslocamento da sua frota, o que aumenta a capacidade de prever incidentes e criar planejamentos logísticos.