segunda-feira, 7 de agosto de 2017

MARCOPOLO APRESENTA MELHORA DE RESULTADOS COM PRINCÍPIO DE RETOMADA DO MERCADO DE ÔNIBUS RODOVIÁRIOS.


Receita consolidada da empresa cresceu 19,6% no segundo trimestre, com aumento da produção no segmento de ônibus rodoviários.

O desempenho alcançado pela Marcopolo no segundo trimestre de 2017 pode indicar o início do processo de recuperação do mercado brasileiro de ônibus, que foi fortemente impactado pela crise econômica. No semestre, a produção de ônibus rodoviários para o mercado interno cresceu 15,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

A empresa registrou receita operacional líquida de R$ 1,295 bilhão nos seis primeiros meses de 2017, com crescimento de 23,6% ante o primeiro semestre de 2016 (R$ 1,048 bilhão). No semestre, mesmo em um ambiente econômico e competitivo extremamente desafiador, o lucro bruto e o EBITDA cresceram 8% e 0,8%, respectivamente, e alcançaram R$ 171,4 milhões e R$ 48 milhões. No período, o lucro líquido recuou 43,8%, com o total de R$ 29,2 milhões.

“Ainda estamos distantes dos volumes históricos realizados no mercado brasileiro, porém o desempenho do segundo trimestre de 2017 ensaia o que pode ser uma retomada gradual, especialmente no segmento de ônibus rodoviários”, analisa José Antônio Valiati, diretor de Relações com Investidores e de Controladoria e Finanças da Marcopolo. No primeiro semestre de 2017, a Marcopolo produziu 541 unidades de ônibus rodoviários para o mercado interno, 29,1% mais que no mesmo período de 2016.

Além de maiores volumes de modelos rodoviários e da boa performance das exportações, os resultados da companhia também foram positivamente impactados pelos reflexos das ações desenvolvidas ao longo dos últimos dois anos para melhorar sua performance operacional, com foco no aumento da eficiência.

Para Francisco Gomes Neto, CEO da Marcopolo, o desempenho também é fruto da maior competitividade, obtida com os esforços empreendidos na revitalização do Sistema Marcopolo de Produção Solidária e já são percebidos nos indicadores de segurança, qualidade e eficiência da Companhia. “Fizemos a nossa ‘lição de casa’ e agora estamos ainda melhor preparados para atender com mais efetividade a demanda brasileira, na medida de sua recuperação”, destaca o executivo.

Em sua visão, o segundo trimestre trouxe importantes sinais de melhora no mercado doméstico, especialmente no segmento de rodoviários. As exportações se mantiveram aquecidas em todo o primeiro semestre e aumentaram 38,2%, com 1.498 unidades contra as 1.084 do primeiro semestre do ano passado, assim como a produção nas operações no exterior.

No mercado brasileiro, a produção da Marcopolo, incluindo exportações, foi de 3.933 unidades, ainda longe do recorde de 9.121 unidades fabricadas no primeiro semestre de 2013. O segmento de rodoviários apresentou crescimento de quase 40% em relação ao primeiro semestre de 2016 (1.445 unidades contra 1.049). Em contrapartida, o segmento de urbanos teve queda de 24,7% no mesmo período (838 unidades contra 1.113, em 2016).

O segmento de micro-ônibus também apresentou crescimento forte de volumes, com aumento de 341,1%, (772 unidades contra 175 no primeiro semestre de 2016). A unidade de negócios Volare registrou crescimento de 54,7% no semestre (888 veículos fabricados contra 574 unidades), o que indica também a retomada no segmento de miniônibus.

Nas unidades externas, os destaques positivos ficaram por conta das operações da Polomex, que produziu 742 ônibus nos primeiros seis meses de 2017 contra 378 unidades no mesmo período de 2016, com aumento de 96,3%. Isto é resultado das mudanças no modelo de negócio da unidade, da conquista de novos clientes e de uma linha mais nobre de produtos, sobretudo no segmento de rodoviários.  A África do Sul aumentou em 53,5% os volumes fabricados em relação ao mesmo período de 2016, com a ampliação no fornecimento de modelos para o mercado africano. Já a unidade Superpolo, na Colômbia, cresceu 33,7% (337 unidades contra 252) e manteve alta participação no mercado local.