Apuro e performance no C 300 Sport |
300 Sport, o topo dos Mercedes C
Novo modelo de topo dentre os Mercedes
produzidos em Iracemápolis, SP: C 300 Sport. Número publicitário, nada a ver
com cilindrada ou potência, pois motor desloca 2,0 litros, 16 válvulas,
múltipla injeção direta e turbo, e produz 245 cv e impactantes 370 Nm de
torque, entre 1.200 e 4.000 rpm. Preso a nova transmissão automática, carcaça
em magnésio, 9 marchas, traz comportamento extremamente agradável a quem
demanda reações: da imobilidade a 100 km/h em 5,9s, indo a 250 km/h quando as
autoridades do trânsito cortam o motor.
O 300 Sport é a cereja do bolo, e a conformação, estamina e os R$ 241,900 anotado em sua etiqueta não o farão o mais vendido da linha C, mas faz parte do refinamento comercial. Marca suprimiu a versão 200, restando líder C 180 Avantgarde e Executive a R$ 171,900; C 250 por R$ 199,000. Conjunto quer ampliar atuais 47,5% no segmento, até abril vendera 915 unidades.
Caracterização Sport não se marca apenas pelo dinamismo, mas há identificação externa, com palpites da AMG, sua associada, especialista em performance: é 15 mm mais baixo; usa rodas em liga leve em aro 18“; volante com base ovalada e de ótima pega. Externamente acabamento preto nos retrovisores, frisos dos para choques. Na mecânica, denso pacote de segurança, quatro regulagens de comportamento, e nas duas Sport o som do motor exaure pelos auto falantes, coisa suave, integrando condutor e conduzido.
O 300 Sport é a cereja do bolo, e a conformação, estamina e os R$ 241,900 anotado em sua etiqueta não o farão o mais vendido da linha C, mas faz parte do refinamento comercial. Marca suprimiu a versão 200, restando líder C 180 Avantgarde e Executive a R$ 171,900; C 250 por R$ 199,000. Conjunto quer ampliar atuais 47,5% no segmento, até abril vendera 915 unidades.
Caracterização Sport não se marca apenas pelo dinamismo, mas há identificação externa, com palpites da AMG, sua associada, especialista em performance: é 15 mm mais baixo; usa rodas em liga leve em aro 18“; volante com base ovalada e de ótima pega. Externamente acabamento preto nos retrovisores, frisos dos para choques. Na mecânica, denso pacote de segurança, quatro regulagens de comportamento, e nas duas Sport o som do motor exaure pelos auto falantes, coisa suave, integrando condutor e conduzido.
Há refinamentos mecânicos, como identificar posição
de descanso do virabrequim e o pistão melhor posicionado para receber primeira
injeção de gasolina, pegando
imediatamente – o 300 não é flex. Outra, injeção, aperfeiçoa sistema anterior dos
motores Alfa Romeo, com dois jatos. Agora são cinco, melhorando eficiência em
consumo e disposição.
Suspensões auxiliam comportamento: dianteira com
quatro braços, traseira independente com cinco ancoragens. Na prática,
aderência e conforto.
Caminho
Integra o bom projeto da Mercedes, tirar o rótulo
de caretice de seus automóveis, rejuvenescendo a linha, baixando idade média dos
compradores. Criou a linha A e permeou para faixa de clientela jovem antes não
abordada. O 300 Sport é bom exemplo, marcado por refinamento da decoração e
qualidade dos materiais, oferecendo boa recepção aos usuários. Ao motorista
parece um casaco confortável.
Na prática um Mercedes, sedã performático, reativo,
confortável no atendimento às demandas do condutor. Honesto, acelerou ele vai;
virou o volante ele curva; pisou no freio, para. Transmite conforto e segurança,
pela construção sólida mesclando aços e processos, além de redução de peso ante
crescente uso de alumínio – portas, capô e tampa do porta malas.
Luzes em LEDs, tela de 22 cm. Alavanca de marchas
mínima, delgada, na coluna de direção, e borboletas sob o volante.
As dúvidas
quanto ao futuro
Qual o próximo ciclo do automóvel?
Motores a combustão interna alimentados com combustíveis não fósseis?
Eletrificação paralela? Energia vinda de pequenos motores? Painéis captadores
de luz e/ou sol? Reações químicas para gerar hidrogênio combustível?
Muitas
opções, caminhos vários, dúvida comum: é negócio de muito valor para ficar no
atual limbo da insegurança.
Dentre
os presidentes de grandes corporações Akio Toyoda, dirigindo a companhia
familiar com nome assemelhado goza de respeito mundial, não apenas por disputar
a primeira posição entre fabricantes, quanto por tê-la refrigerado com ares
ocidentais – pegou Mark Hogan, ex-vice presidente mundial da GM e levou-o a
lugar na mesa diretora. Vale citar ter enfrentado e superado a questão dos re-call para os carros da empresa; fazer
o elétrico mais vendido, o Prius; e, dado não absorvido em Harvard, Oxford,
escolas de negócios na Suiça, é do ramo. Quer dizer, senta no automóvel,
acelera, autoriza e paga. É atrevido piloto de rallyes, tipo consultor sênior em dúvidas de comportamento dos
veículos.
Toyoda-san
contou ao importante Automotive News
estar desapontado com a incerteza dos caminhos hoje existentes entre as duas
gerações tecnológicas no mercado: os fabricantes tradicionais e os à procura de
emissões Zero e carros autônomos – ou, como disse, carros comoditizados. E se declarou com forte sentimento de crise, sem
saber qual o caminho a adorar para atender aos clientes, juntando as dúvidas
empresariais entre a compressão dos lucros e o aumento dos custos; a
necessidade de re equipar as fábricas.
Temor
não mudou a postura de plantar sementes para vê-las florescer em 10 ou 20 anos,
como o investimento na TNGA – Toyota New Global Platform, plataforma mundial, ou
ter assumido pessoalmente o projeto de carros elétricos e o processo de descobrir
e seguir o caminho. Como diz, a Toyota
faz carros elétricos e a Tesla também, mas o deles é alguma coisa próxima do
Iphone. Descobrir qual o caminho
e o produto é a angustiante questão.
Nesta
briga, quem apostar errado não apenas perderá – fechará.
Roda-a-Roda
De volta – Da Series 7, BMW fez evolução para a
Series 8 e inicia, como em 1989, com modelo esportivo. Anunciou o conceito e
versões cupê e conversível. Quer concorrer com equivalentes Mercedes S, entre
100 mil e 270 mil euros.
Na pista – Pré lançamento prepara versão M8 – M, de Motorsport, é sua
divisão de performance. Quer levá-la às 24 Horas de Le Mans e de Daytona,
janeiro 2018.
Lacuna – Agência P Motors, de Campo Grande, MS, supre lacuna da Ford e importa
versão King Ranch, topo de linha do picape F 250. Imponente, motor diesel V8,
6,7 litros, 450 cv, transmissão automática 6M.
Como é – Cabine dupla, tração
Fx4, mimos como massagem nos bancos, teto solar inteiriço, tampa traseira abre e
retrovisores se alargam eletronicamente.
Dados - Automóvel de agroboy e duplas sertanejas, a R$
580mil. Dois registros a respeito: garantia de 12 meses dada pelo importador -
na origem, 60 meses. Outro item, ante o peso exige Carteira de Habilitação C.
Nacional – Primeiras unidades do Kicks produzidas em Resende, RJ, chegam aos
revendedores ampliando leque de opções e cores. Versão básica S, básica, câmbio
mecânico de 5M, R$ 70.500. SL, mais completa, valentes R$ 94.900.
Justiça – Problemática transmissão de dupla embreagem Ford provocou escritório
norte-americano Stern Law LLC a reunir sete mil proprietários e acionar a
companhia. Querem ser indenizados pelo tempo perdido sem utilizar seus Fiesta e
Focus, 2011-2016, pelas idas à oficina, pela falta de solução, pelo desprazer
em conduzir, por perda de valor de revenda.
Papo antigo – No Brasil empresa tentou solver o problema, sem êxito, emitiu circulares
permitindo atendimento fora de quilometragem, estendeu garantia – inferior à
oferecida nos EUA, de sete anos. Assunto demorado. Lá não buscam
indenização global, mas personalizada, ante os problemas diferentes enfrentados
por diferentes clientes.
Futuro – Porsche anunciou curioso investimento em Israel. Valor desconhecido em
oito dígitos, finalidade não industrial. Diz, aplicará em fundos de
investimentos e start ups. País é recordista mundial neste
empreendedorismo. Quer saber de inteligência artificial aplicada aos
automóveis.
Mercado – A curva ascendente das vendas no mercado doméstico continuou progressão
iniciada mês passado. Agora números mais consistentes, pela Fenabrave, a união
dos revendedores: venderam-se 190.131 automóveis e comerciais leves, 17,2%
superiores a maio de 2016, e quase 25% sobre o mês anterior. No global vendas
dos cinco primeiros meses superaram as do ano passado em 1,5%.
Surpresas – Queda de vendas do Ônix, esperada
depois de sua reprovação em testes de impacto, não houve: continua líder.
Segundo lugar, Ford Ka superando Hyundai HB 20. Promoções de vendas deram certo.
Abaixo, Gol e Uno cresceram 49 e 97%.
Mais – Em picapes Fiat continua líder com
Strada e Toro. Lista indica como mais vendidos os primeiros degraus de preço,
mas na Toyota a regra não vale, o Corolla, mais caro, supera o Etios.
Os 10
mais em maio
Posição
|
marca/tipo
|
volume
|
1º
|
Chevrolet
Onix
|
15.007
|
2º
|
Ford Ka
|
9.326
|
3º
|
Hyundai
HB20
|
8.981
|
4º
|
Renault
Sandero
|
8.699
|
5º
|
VW Gol
|
8.220
|
6º
|
Chevrolet
Prisma
|
6.811
|
7º
|
Toyota
Corolla
|
5.553
|
8º
|
Fiat Uno
|
5.482
|
9º
|
Fiat Mobi
|
5.294
|
10º
|
Jeep
Compass
|
4.450
|
Elétricos - Aneel, agência de energia elétrica, fará Audiência Pública para debater
o formato da atividade de recarga de veículos elétricos. Se há dúvidas no mundo
a respeito do tipo de energia sucedânea aos motores de combustão interna,
aparentemente o governo federal já escolheu o caminho.
Parâmetro - Objetivo é reduzir óbices, ajustar normas, facilitar aos investidores,
entregar um pacote aos usuários. Sugestões e trabalhos sobre instalações e
estações até 31 de julho pelo e-mail ap029_2017@aneel.gov.br ou ao SGAN Quadra
603 – Módulo I Térreo/Protocolo Geral, CEP 70.830-110, Brasília–DF.
Captura – Após
reprovar Chevrolet Ônix em teste de impacto – carro abriu porta traseira -, o
LatinNCAP submeteu o Renault Captur e o aprovou com quatro estrelas de proteção
aos passageiros frontais e três a ocupantes do banco traseiro.
Caminho - Alejandro
Furas, secretário geral, carimbou: "O Captur mostra o potencial da
indústria local para produzir e oferecer veículos mais seguros que ultrapassam
os requisitos exigidos pelos governos e com bom desempenho mesmo com protocolos
mais rígidos como os de hoje”.
Política - O Globo informa, nos anexos
onde estão as referências fáticas lastreando depoimento do ex ministro Antonio
Palocci, o Italiano dos controles de corrupção da empreiteira Odebrecht,
há referências à Caoa Montadora. Lá o assunto já fez vítima: há meses Antônio
Maciel Neto, presidente, pediu para sair.
Polêmica: carros
novos em museu de carruagens
Museu dos Coches, em
Lisboa, Portugal, melhor do mundo na especialidade, plantou dentre seu precioso
acervo, unidades de carros elétricos, híbridos e de mobilidade inteligente na
VExpo 2017. DGPC, ente oficial encarregado dos museus portugueses, enfatizou o
fato de serem veículos não poluentes, exibindo a importância da mobilidade
sustentada.
Causou confusão
puxada pela jornalista Paula Pinheiro, dizendo da vergonha sentida ao ver o
melhor acervo do mundo cercado por dezena de carros novos. Museólogo Luís
Raposo, presidente do Conselho Internacional de Museus, desagradou-se,
protestando contra a mistura e venda de produtos comerciais junto a peças de
museu. Extra fronteira, a 7.300 km de distância, curador do Museu Nacional do
Automóvel, em Brasília, lavrou sua opinião contra a mistura e transformar o
mais relevante museu da especialidade em praça comercial.
Foi-se o Tom
Tjaarda, pai de 84 automóveis
Um dos marcos da
evolução estilística do automóvel foi-se aos 83. Tom Tjaarda, autor do Fiat
124, Ferrari 330, Ford Maverick, De Tomaso Pantera, e outras oito dezenas
passou, derrotado por câncer.
Era a segunda
geração dos Tjaarda. Seu pai, holandês imigrante, fora contratado por Edsel
Ford para dar personalidade à marca e produto a partir de 1941. Tom
formou-se em arquitetura nos EUA, foi para a Turim, Itália, e logo estava entre
os principais na Pininfarina, depois Ghia. Ford assumiu-a e levou-o para
Detroit chefiar seu departamento de estilo. Dele o Ford Maverick, projeto
barato para aproveitar estrutura do Mustang, por si só evolução do velho
Falcon. Seu projeto mais marcante foi o Pantera. Construção na
Itália pela polêmica De Tomaso, chassis por Dallara, primeiro
carro esportivo com motor entre eixos traseiro, no caso atracado a transmissão
transaxle ZF, mecânica, 5M – aplicada pela Ford no mítico GT 40. Há quatro anos
Tjaarda vendeu sua unidade por US$ 100 mil.
* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 42 anos a coluna De Carro por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.
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