Essas são algumas das conclusões da Pesquisa Executiva Automotiva Global (GAES), Capítulo Brasileiro (Global Automotive Executive Survey, Brazilian Chapter, em inglês), conduzida pela KPMG em parceria com a AutoData, com a participação de 256 executivos e 1.004 consumidores de todas as regiões do País.
"Realizada há vinte anos em âmbito global, estamos inaugurando a primeira edição dessa pesquisa com foco total no mercado brasileiro. O objetivo é apurar tendências, desafios e oportunidades no processo de construção do futuro ecossistema de mobilidade brasileiro, destacando quais caminhos devem ser trilhados considerando nossa realidade nacional, nossas dimensões continentais, particularidades educacionais, científicas e logísticas, e diversidades culturais, sociais e econômicas", afirma Ricardo Bacellar, Líder do setor Automotivo da KPMG no Brasil.
A pesquisa também revelou, em relação a veículos elétricos, que surpreendentes 90% dos consumidores gostariam de ter automóveis desse tipo à disposição para compra no Brasil. Contudo, apenas 46% dos executivos concordam parcialmente que há viabilidade desta oferta no Brasil e somente 42% concordam parcialmente que há viabilidade de produção local.
Os executivos também foram questionados se é imperativo repensar o papel da rede de concessionárias na construção do futuro ecossistema de negócios da indústria. Para quase a totalidade (98%) dos respondentes, a resposta é afirmativa, mesma opinião de 72% dos representantes de concessionárias.
"As questões mais desafiadoras estão associadas com a necessidade de reinventar, repensar, reconstruir e reorganizar as estruturas existentes, inclusive identificando novos fluxos de receita para os varejistas", afirma Bacellar.
"As questões mais desafiadoras estão associadas com a necessidade de reinventar, repensar, reconstruir e reorganizar as estruturas existentes, inclusive identificando novos fluxos de receita para os varejistas", afirma Bacellar.
A pesquisa da KPMG também ouviu consumidores, com 96% deles concordando que chegam às concessionárias com a decisão de compra praticamente tomada com base em informações obtidas na Internet. Por outro lado, 93% desse público concorda que, após pesquisar na Internet, preferem fechar negócio em uma concessionária para verificarem detalhes do veículo e negociarem preço e condições de pagamento.
Em relação à decisão de compra do próximo veículo, 50% dos consumidores objetivam um carro novo e 36% desejam um usado. Dessa amostra, quase metade (45%) pretende fazê-lo nos próximos dois anos.
"O consumidor está cada vez mais empoderado e esclarecido por conta do farto acesso ao conteúdo proporcionado em tempo real pelas mídias sociais. Ele não é mais agente passivo das inovações determinadas pela indústria e assumiu o protagonismo dos movimentos do mercado", afirma Bacellar.
A pesquisa também reúne conclusões sobre demandas atuais, como as tecnologias de transformação, o aperfeiçoamento da eficiência energética de motores à combustão, a adequação ao Programa Rota 2030, a adoção de tecnologias de redução de custos e as tecnologias na gestão e integração de fornecedores. Além disso, estão contemplados na pesquisa aspectos sobre os veículos elétricos, as tecnologias nas redes de concessionárias, as parcerias com startups, os serviços de marketplace nos veículos e os serviços próprios de gestão de frotas e locação de veículos.
Sobre a pesquisa
Entre os meses de fevereiro e março de 2019, 256 executivos e 1.004 consumidores residentes em todas as regiões do Brasil responderam aos questionários disponibilizados na Internet.
Mais da metade dos executivos entrevistados (53%) ocupam cargos de alta gestão (Conselho de Administração, Presidência, Vice-Presidência e Diretoria). Quanto ao nicho de atuação, sobressaiu a participação das montadoras (37%), seguidas pelos sistemistas (19%), concessionárias (11%) e fornecedoras tiers 2, 3 e 4 (10%). Em relação aos resultados financeiros, mais da metade (53%) dos respondentes atuam em companhias com receita anual superior a R$ 1 bilhão.
Sobre os consumidores entrevistados, a grande maioria deles (70%) mora na região Sudeste, 61% têm renda média em comparação com pessoas do seu entorno e 96% têm grau de formação superior ou pós-graduação. Em relação à faixa etária, a maioria tem entre 25 e 40 anos (60%). O conteúdo está disponível na íntegra no link - assets.kpmg/content/dam/kpmg/br/pdf/2019/06/gaes-br-2019.pdf.
A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory. Estamos presentes em 154 países e territórios, com 200.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. No Brasil, são aproximadamente 4.000 profissionais, distribuídos em 22 cidades localizadas em 13 Estados e Distrito Federal. Orientada pelo seu propósito de empoderar a mudança, a KPMG tornou-se uma empresa referência no segmento em que atua. Compartilhamos valor e inspiramos confiança no mercado de capitais e nas comunidades há mais de 100 anos, transformando pessoas e empresas e gerando impactos positivos que contribuem para a realização de mudanças sustentáveis em nossos clientes, governos e sociedade civil.