OS CARROS COM MENOR DEPRECIAÇÃO DO MERCADO
O sonho de ter um carro na garagem ainda fascina muitos brasileiros. Porém, comprar um carro é uma tarefa que exige pesquisa desde sua funcionalidade, desempenho até seu visual. Quando escolhido o modelo, o preço e o valor de mercado ainda são desafios.
Para auxiliar o consumidor nesta jornada, a KBB Brasil reuniu os automóveis que custam até R$ 150 mil e levantou as versões que mais e menos depreciaram após o primeiro ano de uso. Vamos apresentar abaixo esse levantamento para você fazer valer seu suado dinheirinho na hora da compra do próximo modelo.
Quando o assunto é preço de carros, há duas metodologias para calcular a perda de valor: desvalorização e depreciação.
Desvalorização é a comparação do preço atual de um veículo 0 Km com os valores aplicados pelo mercado à mesma versão fabricada em anos anteriores.
Depreciação usa o valor do veículo 0 Km em um período determinado em relação a seu atual valor residual, sempre considerando o mesmo ano/modelo e sem o mesmo rigor de sua definição contábil, que tem regras muito estritas.
Neste levantamento, foi aplicado o conceito de depreciação.
Na edição anterior da sua coluna Mecânica Online apresentamos os veículos mais depreciados. Agora é o momento dos modelos MENOS DEPRECIADOS.
Levantamentos de depreciação de carros podem apresentar comportamentos fora do padrão, como índices valorizados, em que o preço de um usado hoje é mais alto que o mesmo veículo 0 Km há um ano atrás.
Na análise de automóveis menos depreciados até R$ 50 mil, o Volkswagen Gol City 1.0 4 portas Flex ganha destaque pelo aumento de 1,5% de seu valor inicial ao longo do primeiro ano de uso. Uma forte alta do veículo, variação do câmbio - implicando diretamente em importados – e um bom posicionamento no mercado explicam essa ocorrência.
Apresentando, de fato, a menor porcentagem de depreciação, o Chery QQ 1.0 12V Flex garante a segunda posição no ranking com uma redução de 2,67% em seu preço após um ano de uso. Em seguida, o Volkswagen Gol City 1.0 2 portas, com 3,62% em queda, possivelmente um reflexo do bom rendimento da versão quatro portas. Ainda abaixo de 4%, o Fiat Mobi Like 1.0 garante a quarta posição, com uma taxa de 3,84% no período analisado.
Entre R$ 50 mil e R$ 70 mil os três primeiros colocados pertencem à montadora Volkswagen, são eles: Saveiro Cabine Dupla Trendline 1.6 manual, apresentando 5,51% de valorização após o primeiro ano de uso, seguido pela versão Highline 1.6 manual, que soma um saldo positivo de 1,78% no mesmo período. Na terceira posição, o High UP! 1.0 TSI mostra valorização de 1,16%.
O carro mais vendido do mundo não apresentou resultado diferente do esperado, o Toyota Corolla GLI 1.8 CVT soma um valor positivo de 0,88%. Uma forte alta do veículo, variação do câmbio - implicando diretamente em importados – e um bom posicionamento no mercado explicam essas ocorrências.
A alemã Volkswagen é destaque ainda na quinta, sexta e sétima posição de menores desvalorizações. O Polo Highline 200 TSI trouxe 1,49% em desvalorização após um ano de uso, seguida pela versão Comfortline 200 TSI, com queda de 2,14% de seu valor 0 Km. A presença da marca é encerrada com a versão de entrada do modelo 1.6 16V Flex, com redução de 3,10% em seu preço após o primeiro ano.
Na faixa de R$ 70 mil a R$ 90 mil, dentre os modelos analisados, o Suzuki JIMNY 4Sport 1.3 16V apresenta o menor índice de depreciação, com uma queda de apena 3,07% de seu valor no primeiro ano de uso. Ele é seguido pelo Honda City LX 1.5 16V CVT, que deprecia 3,56% no mesmo período.
A terceira posição - última que apresenta um índica abaixo de 5% - fica com a francesa Peugeot. O modelo 308 Griffe THP 1.6 16V Tiptronic contabiliza uma perda de 4,54%.
A quarta posição vai para a versão topo de linha do Volkswagen Virtus, a Highline 200 TSI, que conta com uma depreciação de 5%.
No mercado de automóveis que custam entre R$ 90 mil e R$ 150 mil, as versões que perderam menos valor após o primeiro ano de uso, ficou com a alemã Volkswagen, que trouxe uma curiosidade que a colocou no topo do pódio com a picape Amarok 2P CS S 2.0 TDI mecânica, com uma taxa de valorização de 1,74% na versão usada. Ou seja, há 12 meses, a versão podia ser encontrada por R$ 110.000 e, atualmente, o mesmo veículo 0 Km seria vendido por R$ 111.909.
Esse comportamento fora do padrão, em que o preço de um carro usado hoje é maior que o de um 0 Km há um ano atrás, pode ocorrer por diversos fatores, como, por exemplo, o valor da versão 0 km de um determinado veículo ter sofrido forte alta, o que consequentemente é refletido no valor do veículo usado, deixando-o mais caro do que o 0 km vendido um ano antes.
Por outro lado, falando de fato sobre depreciação, é possível notar neste levantamento que 90% dos modelos que menos depreciam são parte dos catálogos de marcas japonesas. A Mitsubishi aparece em segundo lugar no ranking, com a L200 Pickup 4P TRITON GL 4X4, com queda de 2,05% de seu valor original no período. Suzuki, Toyota, Honda também compõem o levantamento com os veículos que menos depreciam.
Online
Recall 1 - Recurso essencial na indústria automotiva por corrigir defeitos de fábrica, o recall movimentou as montadoras e motoristas brasileiros no primeiro trimestre de 2019. Os três primeiros meses deste ano registraram 34 campanhas, afetando 13 montadoras e 66 modelos diferentes de veículos.
Recall 2 - A montadora BMW é a líder de campanhas no trimestre, com oito recalls. A Toyota ocupa a segunda posição, com cinco chamamentos, seguida pela Mercedes-Benz com quatro. Além disso, praticamente um terço das fabricantes (32%) realizou alguma campanha de reparação nesse período.
Recall 3 - O Audi A5 teve 12 recalls únicos nos três primeiros meses do ano, enquanto que o Audi A4 realizou dez – o Saveiro ficou na terceira posição com sete. No total, 8% dos modelos que circulam no Brasil foram afetados.
Conectividade - 4ª edição do Frotas Conectadas acontece dias 21 e 22 de maio, no Parque Tecnológico da USP, apontando as oportunidades que a tecnologia já oferece aos negócios de logística e transporte. Além de trazer a cápsula protótipo do Hyperloop TT, que promete revolucionar o conceito de viagens.
Escapamento - Localizado no sistema de escapamento do carro, o catalisador tem a função de converter até 98% dos gases poluentes, provenientes da combustão, como monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e hidrocarbonetos (HC) em substâncias inofensivas à saúde humana.
Catalisador - Os principais sinais de mau funcionamento são o aumento de consumo, ruídos anormais e redução no desempenho do carro. Além disso, um problema no catalisador pode fazer acender a luz de alerta da injeção eletrônica no painel, que tem o formato de um pequeno motor.
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* Tarcisio Dias é Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica, e Radialista. Menção honrosa na categoria internet do 7º Prêmio SAE Brasil de Jornalismo, promovido pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade. A Coluna Mecânica Online® aborda aspectos de manutenção, tecnologias e inovações mecânicas nos transportes em geral.
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