terça-feira, 7 de maio de 2019

ANFAVEA APRESENTA ESTUDO SOBRE COMPETITIVIDADE E DIVULGA OS RESULTADOS DO MERCADO

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores divulgou estudo comparativo da competitividade dos mercados automotivos do Brasil e México produzido pela consultoria PwC Brasil. 


A pesquisa concluiu que um veículo produzido no mercado mexicano é mais competitivo que um produto nacional. Produzir um carro no México custa 18 pontos porcentuais a menos que no Brasil, sendo as principais diferenças em materiais e logística. Aplicando-se os impostos de cada país, a diferença final de custo pode chegar a 44%, dependendo do tipo de veículo.

“Os resultados apresentados neste levantamento nos indicam a necessidade extrema de atacarmos pontos que reduzam o Custo Brasil e melhorem a nossa competitividade. Medidas que estimulem o comércio exterior, melhorem a logística de distribuição e reduzam a carga tributária são urgentes para conferir uma nova dinâmica para os negócios brasileiros em diversos segmentos da economia, não somente o automotivo”, afirma Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, destacando ainda que o mais emergencial é aprovar as reformas previdenciária e tributária.

Os dois países possuem aspectos socioeconômicos bastante similares, mas têm perfis comerciais distintos. O México possui um grau de abertura muito maior do que o Brasil. Prova disso é a quantidade de acordos comerciais fechados por cada país: México possui 12 tratados de livre comércio com 46 países e mais 32 acordos bilaterais. Enquanto isso, o Brasil possui 6 tratados de livre comércio com 11 países e 21 acordos bi e multilaterais.

Segundo o estudo, o México possui uma clara vocação comercial direcionada para as exportações. No setor automotivo, 88% da manufatura é focada para o comércio exterior, enquanto que o Brasil possui 22% da produção de veículos voltada para as exportações.

Isso se reflete em termos de movimentação comercial: em 2017 o México movimentou US$ 143 bilhões e o Brasil US$ 26 bilhões. Outro grande destaque no mercado mexicano é o volume de ocupação da capacidade produtiva do país, sendo de 88% ainda em 2017. Já no caso brasileiro, a taxa foi de 60% devido principalmente ao período de baixa do mercado interno, que impactou a produção.

De acordo com a análise da PwC Brasil, nosso país tem um ambiente de negócios caracterizado por alta burocracia, limitações logísticas e altos custos operacionais. O efeito tributário entre os dois países também é um fator que impacta na competitividade do mercado brasileiro. O Brasil possui de 37% a 44% de impostos incidentes no veículo dependendo do tamanho do motor. Já no México, há 16% de impostos sobre o veículo.

O estudo conclui que em um cenário de importação para o Brasil, o veículo mexicano continua mais competitivo que um veículo nacional, tendo 12 pontos porcentuais a menos que o produto brasileiro. No cenário de exportação, o veículo produzido no México seria 24 pontos porcentuais mais competitivo que um veículo brasileiro.

Resultados do setor em abril 


O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, vê o balanço das vendas nestes quatro primeiros meses do ano com otimismo: “Estamos crescendo mês após mês no acumulado do ano, o que nos mostra que o mercado automotivo brasileiro está se recuperando dos anos de baixa. Nossas exportações ainda permanecem em queda devido à situação vivida pelo nosso principal parceiro comercial, a Argentina, o que impacta também a produção das nossas fábricas. Fecharemos este ano com uma elevação importante no mercado interno. Os segmentos de caminhões, ônibus e máquinas têm apresentado uma retomada ainda mais expressiva, o que sinaliza o potencial de crescimento dos setores agrícolas e produtivos”.

Autoveículos
Produção

Licenciamento Renavam/Denatran

Exportação

Unidades

Unidades

Unidades
Abril 19
267,5 mil
Abril 19
231,9 mil
Abril 19
34,9 mil
Março 19
240,8 mil
Março 19
209,2 mil
Março 19
39 mil
Abril 19 / Março
19

11,1%

Abril 19 / Março 19

10,9%

Abril 19 / Março 19

-10,5%
Abril 18
266,1 mil
Abril 18
217,3 mil
Abril 18
73,2 mil
Abril 19 / Abril 18
0,5%
Abril 19 / Abril 18
6,7%
Abril 19 / Abril 18
-52,3%
Janeiro-Abril 19
965,4 mil
Janeiro-Abril 19
839,5 mil
Janeiro-Abril 19
139,5 mil
Janeiro-Abril 18
965,9 mil
Janeiro-Abril 18
762,9 mil
Janeiro-Abril 18
253,4 mil
Jan-Abr 19 / Jan-
Abr 18

-0,1%
Jan-Abr 19 / Jan-
Abr 18

10,1%
Jan-Abr 19 / Jan-Abr
18

-45%
Caminhões
Produção

Licenciamento Renavam/Denatran

Exportação

Unidades

Unidades

Unidades
Abril 19
9,4 mil
Abril 19
8,5 mil
Abril 19
1,1 mil
Março 19
8,3 mil
Março 19
7,6 mil
Março 19
1,2 mil
Abril 19 / Março
19

13,1%

Abril 19 / Março 19

11,9%

Abril 19 / Março 19

-7,5%
Abril 18
9,1 mil
Abril 18
6,2 mil
Abril 18
2,7 mil
Abril 19 / Abril 18
3,5%
Abril 19 / Abril 18
38%
Abril 19 / Abril 18
-59,6%
Janeiro-Abril 19
34,2 mil
Janeiro-Abril 19
30 mil
Janeiro-Abril 19
3,6 mil
Janeiro-Abril 18
33,5 mil
Janeiro-Abril 18
20,7 mil
Janeiro-Abril 18
10,1 mil
Jan-Abr 19 / Jan-
Abr 18

1,9%
Jan-Abr 19 / Jan-
Abr 18

44,8%
Jan-Abr 19 / Jan-Abr
18

-64%
Máquinas agrícolas e rodoviárias


Produção

Vendas Internas

Exportação

Unidades

Unidades

Unidades
Abril 19
4,5 mil
Abril 19
3,1 mil
Abril 19
1,3 mil
Março 19
4,5 mil
Março 19
3,8 mil
Março 19
1,1 mil
Abril 19 / Março 19

1,0%

Abril 19 / Março 19

-17,5%

Abril 19 / Março 19

13,8%
Abril 18
5 mil
Abril 18
4,1 mil
Abril 18
1,1 mil
Abril 19 / Abril 18
-10%
Abril 19 / Abril 18
-24,8%
Abril 19 / Abril 18
12,5%
Janeiro-Abril 19
15,3 mil
Janeiro-Abril 19
12,4 mil
Janeiro-Abril 19
3,9 mil
Janeiro-Abril 18
17 mil
Janeiro-Abril 18
11,7 mil
Janeiro-Abril 18
4,1 mil
Jan-Abr 19 / Jan- Abr 18

-9,9%
Jan-Abr 19 / Jan- Abr 18

6,4%
Jan-Abr 19 / Jan-Abr 18

-2,7%