Os filtros de partículas instalados em veículos automotores movidos a diesel têm por função reduzir as emissões de substâncias tóxicas.
Gerado por meio de incêndios, processos fabris e, principalmente, por veículos movidos a combustíveis fósseis, o material particulado é de extrema periculosidade para a saúde humana. Basicamente, esse material tóxico trata-se da mistura de compostos, como poeiras, fumaças e todo tipo de material que se mantém suspenso na atmosfera, podendo conter substâncias orgânicas a elas adsorvidas. É, aproximadamente, cinco vezes mais fino que um fio de cabelo.
De acordo com a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), o material particulado é dividido em duas categorias: PM2,5 e PM10. Respectivamente, é formado por partículas de tamanho até 2,5 micrômetros, e espessura entre 2,5 e 10 micrômetros - este último é expelido em demasia por indústrias e veículos automotores a combustão interna. Por isso, diversos países adotam soluções que regulam os níveis de emissões de material particulado a fim de agir em prol da melhoria da qualidade do ar.
No Brasil
Se por um lado a lei brasileira não permite a comercialização de veículos de passeio movidos a diesel, por outro, abriu mão da inspeção veicular em diversas cidades do país, como São Paulo. Assim, veículos sem manutenção podem emitir substâncias tóxicas, entre elas, o material particulado, responsável por uma série de doenças, como problemas no coração (ataques e arritmia cardíaca), asma e enfermidades relacionadas ao sistema respiratório.
Dados da ONU Meio Ambiente e da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que os níveis de material particulado estão 90% acima do limite considerado seguro na capital paulista. Para reverter este quadro, uma das soluções é investir em tecnologias como filtros de partículas para veículos automotores a combustão interna.
Atualmente utilizado apenas em veículos movidos a diesel no Brasil, o componente tem por função reduzir em mais de 90% a emissão de material particulado, afinal, esses filtros são catalíticos, ou seja, retém as partículas e, em determinadas condições, converte-as em CO2 e água.
As novas legislações para emissões em veículos leves, Proconve L7 e L8, já especificam limites para o material particulado. Então, os filtros catalíticos cGPF são uma solução tecnológica para enquadrar estes veículos à legislação, principalmente, nos casos de modelos equipados com injeção direta de combustível.
* Elcio Luiz Farah, formado em engenharia mecânica pela FEI em 1973, com pós-graduação pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, é especialista em controle da poluição veicular e, desde 2010, é diretor da AFEEVAS - Associação dos Fabricantes de Equipamentos dara Controle de Emissões Veiculares da América do Sul.