O segmento de locação de veículos prossegue em expansão no Brasil, com impacto na aquisição de veículos ao bater seu próprio recorde de emplacamentos em 2018. No ano passado, as locadoras compraram 19,04% do total de automóveis e comerciais leves comercializados no país (praticamente uma unidade a cada cinco emplacadas), consolidando o setor como o principal cliente das montadoras. Esse e outros números fazem parte do Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos 2019, lançado nesta quarta-feira (13), em São Paulo.
As locadoras emplacaram 412.753 automóveis e comerciais leves em 2018, aumentando sua participação nas compras (19,04% de todos os automóveis e comerciais leves vendidos no país durante o ano anterior), ante o então recorde de 16,56% em 2017.
A frota total das locadoras chegou a 826 mil veículos, um aumento de 16,5% em relação ao ano anterior. O número de locadoras subiu 15,5%, passando de 11.407, em 2017, para 13.182 ao final de 2018.
A locação diária para pessoas físicas passou a ter 48% de participação na frota total das locadoras, subdivida da seguinte forma: 27% de participação para o turismo de lazer e 21% para o turismo de negócios. Já o aluguel de longo prazo para empresas e órgãos públicos (terceirização de frotas), ficou com 52% de participação dentro da frota total das locadoras.
O faturamento bruto anual do setor de locação de veículos atingiu R$ 15,3 bilhões em 2018, enquanto o faturamento líquido foi de R$ 13,9 bilhões.
As marcas mais procuradas pelo setor
O Grupo General Motors ocupou a liderança do ranking dos automóveis e comerciais leves mais emplacados pelas locadoras em 2018, com participação de 23,39%, o que equivale a 96.563 unidades vendidas ao setor de locação. O ranking das maiores montadoras por vendas ao setor de locação em 2018 tem ainda, na sequência, FCA (16,85%), Volkswagen (16,7%), Ford (14,61%) e Renault (14,57%).
Caminhões, ônibus e motos
O Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos trouxe também ao conhecimento do mercado o volume de compras das locadoras em relação aos caminhões, ônibus, micro-ônibus e motocicletas. O emplacamento entre as locadoras subiu nas três modalidades, considerando a comparação entre 2017 e 2018: caminhões (aumento de 22,3% no volume de compras); ônibus e micro-ônibus (7,38%); e motocicletas (34%).
Geração de empregos
A publicação trouxe pelo segundo ano consecutivo o total de empregos diretos no setor em cada estado da Federação. No âmbito nacional, o número de empregos diretos atingiu 82.638 postos de trabalho, variação positiva de 6% em relação a 2017.
Critérios e fontes
Pelo terceiro ano consecutivo, o Censo do setor utilizou dados estatísticos de frota de veículos coletados diretamente pelo SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa autorizada pelo DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito). A auditoria dos dados referentes aos números de locadoras, faturamento, impostos, usuários e frota total ficou aos cuidados da Grant Thornton Brasil.
As estatísticas referem-se exclusivamente às locadoras cujos registros da atividade, no Ministério da Fazenda, têm enquadramento dos CNAE 7711-0/00 (locação de veículos sem motorista) e CNAE 4923-0/02 (locação de veículos com motorista). Trata-se das chamadas locadoras que atuam somente com a atividade de locação de veículos, com CNPJ ativo na Receita Federal, frota registrada nos órgãos competentes de Trânsito e com CNAE primário 7711-0/00 ou 4923-0/02.
Além disso, a partir deste ano, o Anuário levantou as estatísticas das frotas de empresas que também exercem, junto com a locação de veículos, outra(s) atividade(s). É o caso de empresas que têm, como atividade concomitante à da locação de veículos, atuação na área da construção civil; na prestação de serviços públicos; no transporte de cargas ou de pessoas; empresas de segurança patrimonial, entre outros segmentos.